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Microsoft supera projeções trimestrais, mas "cloud" desilude

A tecnológica liderada por Satya Nadella reportou esta noite os resultados do seu quarto trimestre fiscal. As receitas e os lucros ficaram acima das estimativas, mas a "cloud" dececionou e as ações seguem a perder no "after hours".

Na terça-feira, a Microsoft reportou uma quebra de 12% nos lucros do último trimestre de 2022.
Justin Lane/Epa
30 de Julho de 2024 às 21:48
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A Microsoft registou um resultado líquido de 22,04 mil milhões de dólares (2,95 dólares de lucro por ação) no seu quarto trimestre fiscal, terminado a 30 de junho, o que correspondeu a um aumento de 9,73% face aos 20,08 mil milhões de dólares (2,69 dólares de lucro por ação) no período homólogo do ano passado. 

 

Os analistas inquiridos pelo London Stock Exchange Group apontavam para um lucro por ação de 2,93 dólares da tecnológica norte-americana, pelo que as expectativas foram superadas.

  

As receitas, por seu turno, aumentaram 15% para 64,72 milhões de dólares, contra 56,18 mil milhões no mesmo trimestre de 2023, quando a projeção do consenso dos analistas era de 64,39 mil milhões.

 

A tecnológica norte-americana, liderada por Satya Nadella desde 2014, tem procurado manter um fluxo constante de negócios na "cloud", tentando centrar a estratégia da empresa nos serviços web. No entanto, foi precisamente a "cloud" que desagradou aos investidores.

 

O crescimento da Microsoft tem sido impulsionado, nos últimos trimestres, sobretudo pelo aumento da procura e pelo desempenho do seu segmento da "cloud inteligente" (que inclui o armazenamento de dados na nuvem, através da Azure), mas desta vez o desempenho ficou aquém do esperado, levando a cotada a perder valor em bolsa.

 

As receitas da Azure e de outros serviços da "nuvem" cresceram 29% no quarto trimestre, mas os analistas auscultados pela CNBC e pela StreetAccount esperavam um aumento de 31%. E bastou este pequeno desvio para deixar a cotada no vermelho.

 

Antes mesmo de apresentar o "guidance" para os resultados do trimestre em curso – que é o primeiro trimestre do seu novo ano fiscal –, a cotada já afundava 7%, na negociação fora de horas da bolsa nova-iorquina, à conta dos maus ventos da "nuvem". Agora segue a ceder 5,95% para 397,74,80 dólares. No fecho regular da sessão desta terça-feira, as ações encerraram a recuar 0,89% para 422,92 dólares.

 

Os investidores norte-americanos têm o seu maior foco nos resultados trimestrais, sendo esses os números que mexem de imediato com as ações.

 

No conjunto deste seu ano fiscal de 2024 terminado a 30 de junho, a tecnológica sediada em Redmond (Washington) reportou receitas de 245,1 mil milhões de dólares (mais 15% face ao ano precedente) e um resultado líquido de 88,1 mil milhões (+22%) – correspondente a um lucro por ação de 11,8 dólares.

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