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Micron e Qualcomm investem mais de 43.000 milhões na produção de chips nos EUA

O Governo norte-americano considera a produção doméstica de semicondutores uma questão chave para a economia e a segurança nacionais, nomeadamente pelo grande domínio do mercado que a China tem neste campo.

Rui Minderico
09 de Agosto de 2022 às 17:33
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A Micron e Qualcomm vão investir 44.200 milhões de dólares (43.369 milhões de euros) na produção de 'chips' nos EUA, anunciou esta terça-feira a Casa Branca, vinculando os investimentos à lei aprovada para subsidiar o fabrico de microprocessadores.

Está previsto exatamente para hoje que o Presidente norte-americano, Joe Biden, assine a lei, que já recebeu a aprovação do Senado e da Câmara dos Representantes e que subsidia com 52.700 milhões de dólares (51.700 milhões de euros) a produção de semicondutores e fortalece as cadeias de abastecimento para melhorar a produção dos Estados Unidos face à concorrência da China.

Em comunicado, a Casa Branca revelou que, graças ao "estímulo" desta lei, a Micron irá investir 40.000 milhões de dólares (39.248 milhões de euros, à taxa de câmbio atual) na ampliação da fábrica que a GlobalFoundaries já tem no Estado de Nova Iorque para produzir microprocessadores.

A ambiciosa lei de política industrial aprovada pelo Congresso contempla um investimento total de 280.000 milhões de dólares (274.741 milhões de euros), dos quais 52.700 milhões de dólares destinam-se a fomentar a construção e ampliação de unidades nacionais de semicondutores com subsídios e créditos adicionais.

Com os recursos destinados à ciência, investigação e desenvolvimento, procura-se também reduzir as disparidades na autorização de financiamentos nesse sentido e, assim, garantir que mais universidades e comunidades do país possam participar nos esforços federais.

O Governo norte-americano considera a produção doméstica de semicondutores uma questão chave para a economia e a segurança nacionais, nomeadamente pelo grande domínio do mercado que a China tem neste campo.

A economia global está a ser afetada desde 2020 pela escassez de semicondutores provocada, em parte, pelos efeitos da pandemia de covid-19, as tensões comerciais entre a China e os Estados Unidos e fatores climáticos.


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