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Maior mina de Bitcoin da Rússia converte água em dinheiro
Além do fornecimento de eletricidade, outra coisa que torna Bratsk o local ideal para as criptomoedas é o clima da Sibéria, com os seus invernos longos e frios.
O Bitriver, maior data center da antiga União Soviética, abriu há apenas um ano, mas já conquistou clientes de todo o mundo, incluindo dos Estados Unidos, Japão e China. A maioria faz mineração de Bitcoins.
A empresa aluga um prédio próximo da fábrica de alumínio em Bratsk. A maior fundição de alumínio do mundo foi construída pela URSS na década de 1960, em conjunto com uma central hidroelétrica, já que a eletricidade é o maior custo na fundição de alumínio.
Além do fornecimento de eletricidade, outra coisa que torna Bratsk o local ideal para as criptomoedas é o clima da Sibéria, com os seus invernos longos e frios. As baixas temperaturas ajudam a manutenção dos equipamentos do data center.
A equipa do bilionário Oleg Deripaska teve a ideia de construir o data center em Bratsk há cerca de cinco anos. O En+ Group e a sua unidade United Co. Rusal, antes comandadas pelo empresário alvo de sanções, controlam as hidroeléctricas e a fábrica de alumínio em Bratsk.
Embora a lei russa não reconheça a mineração de criptomoedas, o Bitriver não se dedica à mineração em si e apenas fornece equipamentos para o data center e serviços técnicos, o que significa que o negócio tem licença para operar.
As empresas de Deripaska enfrentaram quase 10 meses de sanções até o empresário chegar a um acordo com o Tesouro dos EUA para sair do lote de empresas alvo. As sanções foram suspensas em janeiro. A continuidade das sanções ao En+ poderia ter causado problemas para os mineradores de criptomoedas.
A En+ fornece até 100 megawatts de energia ao Bitriver por ano, como forma de diversificar a sua base de clientes e vender o excesso de energia que não é utilizada na fábrica de alumínio. Energia barata e estável é um ingrediente essencial para minerar criptomoedas. O Grupo En+ e o Bitriver também possuem uma parceria que fornece prateleiras de computadores para os mineradores de moedas digitais.
(Texto original: Russia’s Largest Bitcoin Mine Turns Water Into Cash)