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iPhone 7. Assim será o novo smartphone da Apple
Tim Cook deverá anunciar esta quarta-feira o sucessor do iPhone 6s que, ao contrário do que nos habituou a empresa da maçã, não trará grandes novidades. As maiores inovações estarão guardadas para o próximo ano, que marca o décimo aniversário do iPhone.
Tim Cook vai subir ao palco esta quarta-feira, 7 de Setembro, na sede da Apple, em Cupertino, para anunciar a nova versão do seu famoso smartphone.
Os convites enviados no início da semana aumentaram a especulação de que se trata mesmo do iPhone 7. Isto porque a mensagem "see you on the 7th" levou muitos a crer que a empresa utilizou um jogo de palavras com referência não só ao dia do evento, como também ao nome do sucessor do iPhone 6s, lançado em 2015.
Embora os eventos da Apple sejam sempre motivo de excitação, os lançamentos previstos para esta quarta-feira não estão a gerar tanto entusiasmo como é habitual.
Os analistas e especialistas na empresa da maçã acreditam que a Apple deverá quebrar a tradição de apresentar mudanças significativas no hardware a cada dois anos, estando a guardar as grandes novidades para 2017, ano que marca o décimo aniversário do iPhone.
Assim, espera-se que os substitutos do iPhone 6 e iPhone 6 Plus mantenham o design e as dimensões dos ecrãs de 4,7 e 5,5 polegadas, e introduzam alterações no botão "home". Neste ponto, não há consenso. Enquanto alguns especialistas acreditam que o botão será alterado para responder ao toque com uma sensação vibratória em vez do actual "clique" físico, outros antecipam que será mesmo eliminado na nova versão.
A imprensa especializada tem avançado também que o novo iPhone não deverá ter entrada para "headphones" e deverá contar com um sistema dual de câmara que permite melhorar a qualidade das fotografias, sobretudo quando tiradas em ambientes com pouca luz. O processador deverá ser mais rápido, sucedendo ao A9 do iPhone 6s.
Além do novo iPhone, espera-se que Tim Cook anuncie um novo Apple Watch, que deverá contar com GPS, um processador mais rápido para iniciar aplicações e navegar no sistema operativo e melhorias ao nível da duração da bateria.
O sistema operativo iOS 10 também será actualizado. A nova versão deverá contar com uma aplicação iMessage melhorada, com suporte para novas animações e stickers, transcrição de correio de voz, notificações que mostram mais detalhes e uma aplicação para controlar aparelhos domésticos inteligentes.
Quebra na venda de iPhones desafia Apple
O novo smartphone será lançado numa altura em que a empresa enfrenta dificuldades em contrariar a quebra na venda do seu produto estrela que representa a grande fatia das receitas da tecnológica.
A trajectória descendente iniciou-se nos primeiros três meses deste ano, período em que a venda de iPhones caiu pela primeira vez desde o lançamento do primeiro modelo, em 2007. Nos três meses até Março, foram vendidos 51,1 milhões de iPhones, menos 16% face a igual período do ano passado. Uma performance explicada pelos analistas pela saturação do mercado, nomeadamente na China onde a Apple sempre teve uma legião de fãs.
Nos três meses seguintes, a tecnológica de Cupertino não foi capaz de inverter o ciclo e as vendas voltaram a recuar 15% face ao mesmo período do ano passado.
O UBS espera que, neste ano fiscal, as vendas de iPhones diminuam 9%, e cresçam 5% no próximo, depois do lançamento dos novos equipamentos.
Mais pessimista é a previsão da International Data Corporation (IDC) que, num estudo publicado no início deste mês, antecipa que a venda de smartphones da Apple vai descer 12% este ano. Em 2020, deverá crescer apenas 3,4% face ao ano anterior, enquanto a de equipamentos Android deverá aumentar 4,4%, prevê a IDC.
As acções da empresa da maçã ganham pouco mais de 2% desde o início do ano, depois de terem perdido mais de 4,5% no ano passado. Em 2014, acumularam uma valorização superior a 37%.