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Nova CFO do Google vai receber 70 milhões no primeiro ano
Ruth Porat vai trocar Wall Street por Silicon Valley e multiplicar a sua remuneração por cerca de sete vezes. As tecnológicas estão a superar os bancos nas compensações pagas aos gestores de topo.
Ruth Porat pode receber cerca de 70 milhões de dólares no primeiro ano como administradora financeira do Google, o que vem ilustrar como as tecnológicas estão a destronar os bancos na hora de remunerar os gestores.
Nos quatro anos enquanto CFO do Morgan Stanley, Porat auferiu cerca de 10 milhões de dólares por ano, de acordo com o Financial Times. Uma remuneração que nem chegava a metade do valor ganho pelo seu antecessor no Google, Patrick Pichette, que anunciou que se iria reformar.
Entre salário e "stock option", Porat pode ganhar cerca de 70 milhões de dólares no primeiro ano de trabalho no Google, que vai iniciar em Maio. Dentro deste pacote remuneratório, Porat garante 5 milhões de dólares em dinheiro só pela assinatura do contrato de trabalho, mais 25 milhões de dólares em "stock options" e o salário base de 650 mil dólares. No início do próximo ano a gestora receberá mais 40 milhões de dólares em "stock options", no âmbito dos bónus bianuais que o Google paga aos seus gestores de topo. Os bónus em opções de compra de acções só serão pagos se Porat ficar quatro anos no Google.
Porat, que será das CFO mais bem pagas do mundo, não é a primeira a trocar Wall Street por Silicon Valley, pois o anterior administrador do Goldman Sachs desempenha agora as funções de CFO no Twitter. E Anthony Noto até recebeu um "prémio de assinatura" bem superior: "stock options" no valor de 61 mil milhões de dólares.
O salário de Porat "parece certamente excessivo", disse ao Financial Times Robert Eberhard, professor da Universidade de Santa Clara. Como nota a Forbes, os veteranos de Wall Street têm cada vez mais incentivos para acabar a carreira em Silicon Valley.