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Gel medicinal abre a porta aos implantes do futuro

Implantar electrónica no corpo não é uma ideia nova, mas está normalmente associada a um universo futurista, quase fantasioso, de homens-máquina (cyborg). O MIT está apostado em tornar a fantasia real, abrindo a porta a um novo universo de implantes medicinais.

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This Medical Gel Holds the Key to Our Cyborg Future
26 de Abril de 2016 às 19:00
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Uma equipa de investigadores do Massachussets Institute of Technology (MIT) está a desenvolver um gel medicinal, denominado hidrogel, que serve de invólucro para implantes electrónicos. Este gel diferencia-se dos demais por ser resistente, muito flexível e altamente aderente.

"Electrónica e fluidos corporais não se misturam", explica Michael J. Cima, Professor de Engenharia no MIT. "O ambiente dentro do corpo é altamente corrosivo para o tipo de materiais (electrónicos) que usamos normalmente", acrescenta, dando o mote para a apresentação deste inovador hidrogel.

"Se olharmos para a composição do corpo, excepto dentes, ossos e unhas, todas as outras partes são hidrogel", diz Xuanhe Zhao, investigador do MIT para explicar porque este material sintético é biologicamente compatível com o corpo humano, evitando rejeições.

O hidrogel em si mesmo não é algo novo, mas o gel medicinal desenvolvido pela equipa de investigadores do MIT é muito mais flexível que o normal, mais "pegajoso" e, logo, mais fiável para ser introduzido no corpo humano.

Em si, este hidrogel não cura nada, mas pode servir de invólucro para sensores capazes de medir as funções do corpo ou de sensores capazes de accionar a introdução de medicamento.

"Muito desta electrónica vai ser implementada em casos de doenças crónicas, que afectam milhões de pessoas, desde doenças cardiovasculares, a diabetes tipo dois, esquizofrenia ou depressão. Esta tecnologia vai ser parte do nosso futuro porque as doenças crónicas não vão desaparecer", diz Michael J. Cima.

Ainda assim, esta tecnologia pode levar anos a chegar ao mercado, diz Xuanhe Zhao, acrescentando que ainda é necessária a aprovação do regulador de saúde norte-americano, a Food and Drug Administration (FDA). "Levará algum tempo, provavelmente alguns anos", concluiu.

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