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Game Boy. Esta consola não foi só para meninos

Em 1989, o Game Boy dava início a uma revolução no mundo dos jogos. 25 anos depois é tempo de recordar a consola que marcou uma geração.

3.º Game boy
Negócios 21 de Abril de 2014 às 18:14
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No ecrã, um ‘Super Mario’ em escala de cinzentos anseia por chegar ao final do nível. Oito teclas combinadas rumo ao objectivo. A 21 de Abril de 1989, o Japão mudava a indústria das consolas de jogo com um projecto idealizado dois anos antes. O nome da revolução: Game Boy.

 

As 300 mil unidades do stock inicial, vendidas a 12.500 yens (o que equivaleria hoje a 90 euros), foram manifestamente insuficientes para um fenómeno que se estendeu ao longo dos anos. Agora, no dia que celebraria 25 anos, o velhinho Game Boy já está fora do mercado. Foram mais de 118 milhões as consolas vendidas.

 

Quatro pilhas permitiam ao ecrã não iluminado e monocromático a funcionar durante cerca de 20 horas. Quando chegou aos Estados Unidos da América em 1989, vendeu 40 mil unidades num único dia. A consola substituiu o ‘Super Mario Land’ pelo ‘Tetris’ como o seu jogo principal. Aos poucos, o título tornou-se um ícone dos anos 1990 com 35 milhões de cópias vendidas.

 

Com um nome fácil de memorizar e um preço que batia a concorrência, o Game Boy, apesar do nome, também era para raparigas. Em 1995, a Nintendo revelava que 46% dos utilizadores da consola eram do sexo feminino. A vontade era chegar a diferentes segmentos da população com os modelos que foram sendo apresentados: Pocket, Color e Advance.

 

A eles se juntava um catálogo com mais de 700 jogos. Alguns permitiam aos jogadores ligar-se em série através de um único cabo, promovendo a interactividade. Não é, portanto de estranhar, que uma geração passasse horas a trocar ‘Pokémons’, os protagonistas do segundo jogo mais vendido para a marca.

 

A data não foi, contudo, celebrada pela Nintendo. A japonesa continua a liderar no sector das consolas portáteis com a sua Nintendo DS – a consola que marcou o final do icónico Game Boy. 

 

Da missão espacial ao fundo do mar

 

O Game Boy foi ao espaço, literalmente. Em 1993, o astronauta Aleksandr A. Serebrov não conseguiu separar-se da sua consola preferida e levou-a na missão espacial Soyuz TM-17. Orbitrou 3.000 vezes antes de regressar a terra firme. Foi vendida por 1220 dólares (880 euros) num leilão em Nova Iorque.

 

Cinco anos depois, foi tempo da consola “mergulhar” até ao fundo do mar – a 20 metros de profundidade, para ser exacto. O Game Boy Pocket Sonar era um dispositivo que, ligado à consola, permitia aos pescadores japoneses localizar espécies debaixo de água e mostrar a sua localização no ecrã.

 

A partir daí, o Game Boy tomou conta do imaginário cultural. Bart Simpson, na reconhecida série de animação ‘The Simpsons’, era viciado na consola. Já na música electrónica, são vários os artistas que recuperam as sonoridades peculiares do 'hardware' para criarem o seu próprio som, num género conhecido como ‘chiptune’.

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