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"Drone" da Amazon fez a primeira entrega. E houve pipocas
Demorou 13 minutos a chegar do armazém até ao cliente: um equipamento de televisão digital para ver milhares de filmes e séries e as pipocas para acompanhar a visualização. Esta foi a primeira encomenda real do serviço Amazon Prime Air.
E se de repente do céu lhe cair um saco de pipocas e um descodificador de televisão isso pode ser… um "drone" da Amazon.
A combinação pode parecer improvável e inusitada mas foi exactamente nisto que consistiu a primeira entrega oficial da retalhista online a um cliente real, feita recorrendo a estes veículos aéreos não tripulados.
Depois de há vários meses ter anunciado o desenvolvimento deste serviço, que permite deslocar encomendas de pequena dimensão virtualmente para qualquer lugar, a gigante fez a primeira entrega no dia 7 de Dezembro (há uma semana), numa zona rural de Inglaterra.
Conta a Bloomberg que o saco de pipocas doces e o Fire TV (um dispositivo que se liga à televisão e permite ter acesso a milhares de episódios de séries e a filmes a partir de plataformas como Netflix, Amazon Video ou Hulu) foram deixados numa casa perto de Cambridge, tendo demorado 13 minutos desde o ponto de partida até à chegada, localizados a uma distância de cerca de três quilómetros.
Um procedimento que só foi possível porque a zona de entrega se encontra numa área em que as autoridades britânicas autorizam a operação de drones, uma vez que as restrições existentes à operação destes veículos impedem a generalização deste tipo de serviços a todo o território.
A entrega foi gravada em vídeo e partilhada na conta de Twitter do CEO da Amazon, Jeff Bezos.
First-ever #AmazonPrimeAir customer delivery is in the books. 13 min—click to delivery. Check out the video: https://t.co/Xl8HiQMA1S pic.twitter.com/5HGsmHvPlE
— Jeff Bezos (@JeffBezos) 14 de dezembro de 2016
Nele é possível ver um cliente, Richard B., a fazer a sua encomenda na Amazon Prime Air (assim se chama o serviço) através de um tablet. O vídeo mostra ainda os procedimentos de recolha dos produtos no centro logístico, a sua colocação no "drone" e o lançamento e aterragem do dispositivo.
Um estudo da ARK Invest citado pela Bloomberg, realizado no ano passado, estima que os custos de entrega com estes aparelhos possam ser reduzidos em até um dólar (93,8 cêntimos à cotação actual), uma fracção dos custos actuais.
Neste novo negócio de entregas, a Amazon enfrenta já potenciais concorrentes, como a Flirtey ou o Project Wing, ligada à Google, ambos nos EUA.