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Crise dos chips: Tesla quer pagar adiantado para garantir que não falham

A fabricante de carros elétricos está a tentar contornar a atual crise de semicondutores que se espalha por todo o mundo, através do pagamento adiantado.

Lusa_EPA/reuters
27 de Maio de 2021 às 11:17
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A Tesla, fabricante de veículos elétricos norte-americana, está a discutir propostas com várias empresas especialistas em "chips" no continente asiático e também dentro de portas, no sentido de garantir que o fornecimento destes componentes não falha, tendo em conta a atual escassez mundial. 

Para isso, e de acordo com o Financial Times, a empresa de Elon Musk está disposta a pagar adiantado para assegurar que os "chips" chegam às suas fábricas, estando em cima da mesa a compra de uma fábrica dedicada ao fabrico deste material crucial para os veículos elétricos.

O próximo aliado da Tesla neste capítulo pode chegar de Taiwan, Coreia do Sul ou então mesmo dos Estados Unidos, diz o jornal.

O prazo entre os pedidos e as entregas de ‘chips’ aumentou para 17 semanas em abril, indicando que os utilizadores estão cada vez mais desesperados para garantir fornecimentos, de acordo com a análise do Susquehanna Financial Group. Este é o prazo mais longo desde que a empresa começou a registar dados em 2017, naquilo que é descrito como "zona de perigo".

A escassez de ‘chips’ agora atinge vários setores, o que limita a entrega de produtos como carros, consolas de jogos e frigoríficos. As fabricantes deverão perder 110 mil milhões de dólares (cerca de 90 mil milhões de euros) em vendas este ano, pois empresas como a Ford, General Motors e outras têm paralisado fábricas por falta de componentes essenciais.

Algumas empresas norte-americanas estão até a pressionar o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, para libertar o presidente da gigante Samsung, Lee Jae-yong, da cadeia, considerando que este empresário multimilionário poderá ser determinante para quebrar a dependência norte-americana por "chips" produzidos fora do país. 

Isto porque a Samsung tem em marcha um investimento de vários milhares de milhões de dólares para criar fábricas e infraestruturas nos EUA, mais propriamente em Austin, Phoenix e Nova Iorque, para a produção de "chips", numa altura em que existe uma escassez mundial destes elementos.


Na Europa, a chanceler alemã Angela Merkel demonstrou preocupação sobre as competências da União Europeia na produção de chips e baterias, necessários para competir com outras potências em áreas como a produção automóvel ou o desenvolvimento de dispositivos conectados.
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