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“Boom” das criptomoedas faz disparar vendas e preços das placas gráficas

Muito valiosas para a mineração das moedas, as placas gráficas estão prestes a esgotar-se no mercado português, tendo as vendas aumentado 300% em fevereiro, face há um ano, com os preços a subirem 50% em alguns modelos, chegando a dois mil euros, revela o KuantoKusta.

03 de Março de 2021 às 12:40
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A empresa tecnológica KuantoKusta (KK), que se apresenta como o maior comparador de preços em Portugal, revela esta quarta-feira, 3 de março, que o "boom" das criptomoedas fez disparar a procura de placas gráficas em Portugal, tendo em fevereiro aumentado 300% face ao mesmo mês do ano passado.

 

"Mesmo com o crescimento do ‘e-commerce’ e o confinamento, são números muito acima do que seria expectável para a época, ultrapassando todas as estimativas e provocando quebra de stock num produto já em escassez no mercado", alerta Sara Sá, do departamento de marketing do KK.

 

A empresa recorda que as placas gráficas são muito valiosas para a mineração das moedas, ou seja, "para decifrar os seus códigos, num processo que exige uma máquina potente para resolver transações matemáticas no menor tempo possível e, assim, receber pagamentos", explica o KK.

 

De acordo com a análise do KK, 85% dos utilizadores que procuram este tipo de produto na sua plataforma são homens entre os 18 e os 34 anos, mas é entre os 25 e 34 anos que compram mais.

 

"Como consequência do impacto da grande procura, o preço médio das placas gráficas superou os 50% em alguns modelos, e hoje chega a custar cerca de dois mil euros", realça o KK.

 

Por via do google trends, o KK verificou também que "a partir do final de dezembro passado a procura pelo produto mais do que triplicou e tem vindo a ganhar cada vez mais popularidade, sobretudo graças ao investimento de figuras públicas no produto financeiro".

 

O KK foi fundado em 2005 pelos irmãos Pimenta, emigrantes em França, que vieram para Portugal com o desejo de abrir uma loja de informática.

 

Enquanto analisavam os preços praticados no país, depararam-se com a inexistência de um site que agregasse preços e permitisse a sua comparação, pelo que decidiram criar o primeiro comparador de preços de Portugal.

 

Os irmãos Pimenta – Paulo, Pedro e David – continuam a controlar o capital da empresa, que  tem como desígnio ser líder no "e-commerce" em Portugal – lugar que é atualmente ocupado pela Worten – e chegar aos 25 milhões de euros de faturação em 2025, graças a novos projetos e recursos em carteira.

 

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