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Atena estima crescimento de 10% nos lucros de 2002

A Atena, empresa responsável pela instalação e manutenção das cabines telefónicas da Portugal Telecom (PT), estima que os resultados líquidos, em 2002, cresçam 10% para os 330 mil euros, disse ao Negocios.pt Alegre Jorge, sócio gerente da Atena.

27 de Junho de 2002 às 14:04
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A Atena, empresa responsável pela instalação e manutenção das cabines telefónicas da Portugal Telecom (PT), estima que os resultados líquidos, em 2002, cresçam 10% para os 330 mil euros, disse ao Negocios.pt Alegre Jorge, sócio gerente da Atena, após ter anunciado uma parceria com a italiana Selta.

À margem do encontro com jornalistas para divulgação do acordo de parceria com a Selta, fabricante de equipamentos de telecomunicações italiano, Alegre Jorge avançou que «em termos de resultados líquidos esperamos um crescimento de 10% em 2002», tendo lembrado que em 2001 a empresa registou lucros líquidos na ordem dos 300 mil euros.

A Atena facturou 5,6 milhões de euros no ano passado, prevendo manter este nível em 2002.

«Daqui a dois anos prevemos que 25% a 30% da nossa facturação corresponda a comercialização de produtos da Selta», referiu a mesma fonte.

Com esta parceria, a Atena passa a deter a exclusividade em Portugal de comercializar os produtos da italiana na área de comunicações empresariais, em particular centrais digitais telefónicas e soluções de voz e dados para pequenas e médias empresas.

O «trunfo» desta oferta em Portugal «é a garantia de três anos que é assegurada aos clientes», disse hoje Vera Araújo, responsável pela direcção comercial da Atena.

«Somos os únicos que vamos disponibilizar isto», acrescentou a mesma responsável.

Para lançamento deste novos produtos da Selta em Portugal, Alegre Jorge referiu ao Negocios.pt que «investimos 150 mil euros e vamos duplicar este investimento» que será financiado com os resultados da actividade.

Esta empresa, que surgiu como «outsourcing» da PT [PTC] detém 20% de quota de mercado nacional nas comunicações empresariais, explicou o mesmo responsável.

A Atena tem 80 colaboradores e foi responsável pela infra-estrutura da Maxitel que totalizou 2.200 clientes finais nas telecomunicações fixas, estando neste momento entre os credores da empresa que abriu falência com um crédito de 100 mil euros, disse Alegre Jorge.

Esta companhia nacional, que foi constituída em Julho de 1997, é ainda responsável pela colocação dos «interfaces» da tecnologia ADSL ou Internet de banda larga, da operadora liderada por Murteira Nabo e da ONI do Grupo Electricidade de Portugal (EDP) [EDP].

«Estamos com contactos permanentes para prestar serviços a outros operadores de telecomunicações no que respeita ao ADSL», frisou o mesmo responsável ao Negocios.pt.

A empresa que mantém 12 mil cabines telefónicas da PT em todo o país está em negociações para disponibilizar serviços sobre a tecnologia de ADSL da Siemens.

Selta pode entrar no capital da Atena

Após o estabelecimento da parceria, a Selta não descarta a hipótese de poder adquirir uma participação no capital da nacional Atena ou mesmo comprar a totalidade do capital.

«A Atena é uma empresa muito séria e com qualidade, por isso estamos abertos a qualquer outro tipo de acordo», entre os quais o reforço da posição, afirmou ao Negocios.pt Luís Domínguez, administrador delegado da subsidiária da Selta em Espanha.

A subsidiária em Espanha está vocacionada para a expansão da actividade da italiana que detém uma parceria com a Vertical Networks nos Estados Unidos, na Península Ibérica e na América Latina.

A Selta controla 10% da Vertical Networks, desenvolvendo produtos em conjunto com a companhia norte-americana.

A Atena vai comercializar produtos daquela norte-americana no mercado nacional.

Luís Domínguez avançou no encontro com jornalistas que, «num prazo de dois anos, podemos expandir para a América Latina», visto que a estratégia foi «adiada pela crise naquela região», acrescentou.

«O nosso é um modelo de negócio industrial, não de dot.com», frisou Domínguez avançando ao Negocios.pt «que prevemos crescer 10% os lucros líquidos no final do ano numa época de crise».

Por Bárbara Leite

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