Os analistas da Morgan Stanley analisaram à lupa os investimentos da Apple e chegaram à conclusão que a fatia de leão do dinheiro está a ser aplicada no sector automóvel.

O segmento de carros e serviços recebeu cerca de 5 mil milhões de dólares (4,4 mil milhões de euros) dos cofres da empresa fundada por Steve Jobs, entre 2013 e 2015, mais do que o investimento dos 14 maiores players da indústria, segundo a Bloomberg.

A empresa de Cupertino deu sinais da sua estratégia recentemente, quando investiu mil milhões de dólares (896 milhões de euros) na Didi, uma start-up chinesa, concorrente da Uber e que conta com 300 milhões de utilizadores naquele país. O negócio, no entanto, estava a passar por dificuldades e a ajuda da Apple será preciosa para a sociedade.

Katy Huberty, uma das analistas do Morgan Stanley acredita que a mobilidade partilhada tem sido o principal motor dos investimentos crescentes da Apple. E aponta a aposta na Didi como "um sinal de um interesse em veículos partilhados em vez de privados, criando um fluxo de receitas estável na maturidade". A mesma analista disse ainda que a tecnológica americana "pode ganhar pelo menos 16% do mercado da mobilidade partilhada, uma quota semelhante à que tem actualmente nos smartphones".

Os analistas não conseguem calcular com exactidão a dimensão deste negócio. Estimam 400 mil milhões de dólares (358,7 mil milhões de euros) em receitas para a Apple em 2030, mais dos que outras partes da companhia geram actualmente.

A criadora do iPhone está a analisar oportunidades em vários sectores, para a diversificação de actividades. Esta quinta-feira, 26 de Maio, o Financial Times noticiou que um dos executivos de topo da Apple propôs uma oferta pela Time Warner, numa reunião com a dona da HBO, CNN e Warner Brothers.