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Start-ups dos EUA estão finalmente a melhorar
Após uma prolongada retracção, as start-ups dos EUA estão finalmente a ver dias melhores.
O Bloomberg U.S. Startups Barometer subiu 0,6% em relação ao ano anterior, o que marca o primeiro aumento homólogo desde o final de 2015. Os financiamentos mais generosos e o maior número de saídas impulsionaram o índice.
A Snap e a MuleSoft estão entre as empresas que abriram capital nas últimas semanas. As ofertas públicas iniciais (IPO) dão aos investidores uma hipótese de angariar dinheiro e reinvesti-lo em empresas mais jovens, o que as transforma no principal indicador do ambiente de financiamento para start-ups.
"Acreditamos que haverá 30 a 35 IPO apoiados por capital de risco neste ano", diz Scott Raney, sócio da Redpoint Ventures, que gere activos no valor de 4 mil milhões de dólares. "Segundo todas as medidas, este parece ser um ano muito melhor."
As empresas que estão a optar por continuar fora da bolsa também ajudaram o índice. Os valores mais avultados envolvidos nas transacções têm sido impulsionados pelas rondas de financiamento, o que inclui a quantia de mil milhões de dólares captada pela Airbnb e os 300 milhões de dólares levantados pela WeWork.
Raney destacou a tendência crescente entre as start-ups de levantar grandes quantias em dinheiro nas fases mais avançadas dos seus ciclos de vida. "Trata-se de um fenómeno realmente interessante e que representa o facto de essas empresas estarem a ser ambiciosas como nunca se viu no ramo do capital de risco."
O que pode estar a contribuir para condições ainda difíceis para as empresas menos consolidadas. Dois componentes do Bloomberg U.S. Startups Barometer - o número de transacções e o número de empresas que captam dinheiro pela primeira vez - ainda continuaram em queda em relação ao ano anterior.
O Bloomberg U.S. Startups Barometer monitoriza as condições comerciais para as empresas de tecnologia privadas apoiadas por capital de risco com sede nos EUA, excluindo empresas de biotecnologia.