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Raize contrata Haitong e Uría Menéndez para fazer o IPO

A fintech portuguesa que tem uma bolsa de empréstimos para PME decidiu contratar o banco de investimento Haitong e o escritório de advogados Uría Menéndez para realizar a sua operação de entrada em bolsa.

A fintech portuguesa Raize prepara-se para entrar em bolsa. Bruno Simão
16 de Março de 2018 às 13:14
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A Raize, uma fintech portuguesa que tem uma bolsa de empréstimos vocacionada para PME, contratou o banco de investimento Haitong e o escritório de advogados Uría Menéndez para "apoiar na colocação das acções em bolsa". "Estão já em curso as diligências legais e financeiras necessárias com vista ao lançamento da operação no segundo ou terceiro trimestre" deste ano, refere o comunicado enviado às redacções.

José Maria Rego, um dos fundadores, defende, em comunicado, que "está já a seguir os processos normais de diligência e análise que devem ficar concluídos durante o 2º trimestre". "Nessa altura, estaremos em posição de avançar com o anúncio formal e subsequente colocação junto dos investidores. Temos mais de 19 mil investidores na bolsa e muitos já manifestaram interesse em participar na operação, o que é um excelente indicador de procura de mercado", acrescenta.

A Raize anunciou em Novembro do ano passado que pretendia entrar em bolsa em Portugal, concretamente na Euronext Lisbon: "Euronext Access" ou a "Euronext Growth". A oferta será dirigida a investidores de retalho e institucionais.

Ao Negócios, Afonso Eça (à direita na foto), um dos fundadores, explicava no final do ano passado que "queremos cotar aqui [na bolsa nacional] porque não vemos desvantagem nenhuma em cotar em Lisboa". "O mercado de capitais é, na realidade, um mercado global. Somos uma empresa portuguesa, faz todo o sentido estarmos cotados em Lisboa. Não vemos nenhuma desvantagem nisso", acrescentou Afonso Eça.

José Maria Rego, outro dos fundadores desta fintech, adiantava, igualmente naquela altura, que abrir o capital da empresa "era uma coisa que sempre tinha feito parte dos nossos planos". Um dos objectivos com esta operação passa por alargar a base de accionistas, que conta actualmente com a SIMUM SGPS, PARTAC SGPS e a Parinama SGPS, que estão ligadas às famílias Champalimaud e Salvador Caetano, e ao investidor Luís Delgado.

"Uma das motivações [passa pela] possibilidade de alargarmos a base accionista a mais investidores. E isto, em si, vai dar força à Raize. Quantos mais investidores a empresa tiver, mais forte a empresa vai estar, mais capacidade de financiamento vai ter, e mais capacidade de investimento - para sustentar a estratégia de crescimento ao longo dos próximos anos – terá", sublinhou José Maria Rego.

"Acho que sempre vimos isto como um pilar estratégico do nosso crescimento - chamemos-lhe numa fase subsequente ao lançamento do negócio. Para escalarmos a operação mais depressa, com mais sustentabilidade, precisamos de ter uma base accionista bastante alargada", acrescentou.

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