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SDG - Um simulador que ensina a gerir empresas

Com uma competição de gestão, a SDG está em 34 países. O objectivo é que os participantes aprendam ao simularem situações que, podendo não existir hoje, são desafios para o futuro.

SDG - Um simulador que ensina a gerir empresas
21 de Abril de 2011 às 10:51
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A maior competição internacional de estratégia e gestão do mundo está na mão de portugueses, já existe há mais de 30 anos e é conhecida em 34 países. Chama-se Global Management Challenge, pertence à SDG- Simuladores de Modelos de Gestão e tem como objectivo formar os quadros empresariais e alunos de universidades, "simulando cenários alternativos que não existem necessariamente, mas poderão ocorrer", explica Pedro Alves Costa, CEO da SDG. O responsável dá como exemplo o Brasil, onde é simulado um mercado que não existe, com uma moeda fictícia, tudo para criar um ambiente de "experimentação entre as empresas", acrescenta.

O Global Management Challenge nasceu em 1980, em parceria com o jornal "Expresso", com o objectivo de "levar a cabo uma acção de formação para outras empresas", explica Pedro Alves Costa. A principal finalidade da competição é colocar os participantes num mundo de possibilidades, onde cada empresa tem de definir uma estratégia e tomar aquelas que consideram ser as decisões mais adequadas, de forma a obter o melhor resultado final. Junta quadros de empresas a estudantes universitários, estimulando, através da simulação de mercados concorrenciais, as capacidades e conhecimentos dos participantes, contribuindo ainda para os aperfeiçoar. Um jogo que ganhou, desde logo, adeptos, com a empresa a começar um longo percurso de internacionalização logo de início, estando já presente em 34 países. Em Portugal, a lista de clientes inclui, entre muitas outras empresas, a EDP, a Portugal Telecom, o Banco Espírito Santo ou a Brisa.

Como jogar
Tudo parte de um software criado pela SDG, que simula um mercado com oito empresas concorrentes do mesmo sector, explica Pedro Alves Costa. No Global Management Challenge, cada equipa tem, normalmente, cinco elementos - todos de uma empresa ou universidade ou em equipa mista - e o principal desafio é, através da melhor gestão possível, conseguir que a sua empresa, cotada em bolsa, obtenha o preço de acção mais elevado no final da competição.
O simulador recria um ambiente empresarial de concorrência, onde os participantes têm que criar um conselho de administração, tomar decisões de gestão e definir estratégias. Os resultados são necessariamente diferentes entre as equipas, variando consoante as decisões tomadas. Em cada país onde a competição se realiza há uma equipa vencedora que participa na final internacional, onde se juntam os 34 países, acrescenta o responsável.

Internacionalizar - "efeito bola de neve"
O primeiro passo no caminho da internacionalização da SDG foi dado apenas um ano depois do lançamento do projecto em Portugal. A entrada no Brasil foi feita em 1981, "depois de um grande sucesso em Portugal", diz o CEO, acrescentando que o pensamento foi simples: "Para onde é que vamos agora?". O Brasil apareceu como mercado natural. Seguiu-se Epanha, França e Inglaterra e, em 2000 a competição já estava presente em 12 países. Mas, explica Pedro Alves Costa, "o 'boom' deu-se a partir desta altura, com a entrada nos países [da Europa] de Leste", que representam hoje os "melhores mercados em termos de facturação", diz.
Presente na Polónia, República Checa, Eslováquia, Hungria, Ucrânia e Rússia, a SDG considera que nestes países há uma grande vontade de aprender sobre o capitalismo que caracteriza a Europa Ocidental.

"Depois de entrar num país é como se fosse um efeito bola de neve", afirma Pedro Alves Costa, explicando que a expansão a nível mundial foi ocorrendo de forma natural.

A importância dos parceiros locais
A expansão mundial do Global Management Challenge depende muito de "bons parceiros locais", explica Pedro Alves Costa. "Para uma empresa como a nossa, baseada num modelo de negócio de franchise flexível, é essencial, em todos os países, ter um bom parceiro local". "Eles é que conhecem o mercado", acrescenta.

Pedro Alves Costa usa os Estados Unidos como exemplo para explicar a importância dos parceiros em cada país. "Tem sido muito difícil entrar nos Estados Unidos porque ainda não encontrámos um parceiro", diz o CEO, salientando, no entanto, que aquele país continua a ser um objectivo para a SDG.

Apesar do sucesso já alcançado, a SDG também teve casos de insucesso que, "felizmente, foram menos do que os casos de sucesso". A competição Global Management Challenge esteve em Marrocos dois anos, mas acabou por abandonar aquele país devido à falência do parceiro que a SDG tinha no local. "Por haver uma relação de dependência dos parceiros locais, a competição abandonou o país", explica Pedro Alves Costa.



Bilhete de Identidade



Empresa Simuladores e Modelos de Gestão
Ano de criação 1980
Presença internacional 34 Países
Nº de colaboradores 12
Internacionalização futura EUA, mais países de África, PALOP
Volume de negócio 2010 1,5 milhões de euros
Volume de negócio 2010 por país Rússia (50 mil euros), França (40 mil euros), Polónia (25 mil euros)




Eslováquia vence final de 2010



A final internacional do Global Management Challenge 2010 realizou-se a 14 de Abril em Macau, com oito equipas em jogo. Antes, a 13 de Abril, 25 equipas vencedoras dos vários países disputaram a semi-final. Portugal não chegou à final no concurso de 2010, que deu à Eslováquia o primeiro lugar da competição. Entre os restantes sete presentes na final internacional, Macau ficou em segundo lugar e a República Checa conquistou o terceiro lugar. Polónia, Rússia, República Popular da China, Ucrânia e Austrália foram os restantes países presentes na final.

A realização do Global Management Challenge em Macau marcou ainda a celebração dos 15 anos de presença desta competição na China e em Macau.
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