Notícia
Duck Tours - Turismo dois em um
São veículos anfíbios que passeiam turistas no rio e em terra. João Pessoa e Costa e Tirso Olazabal querem pôr "patos" a circular em Lisboa e no Porto.
28 de Abril de 2011 às 11:17
Fundir o rio com a cidade. É disto que trata o projecto Amphibious Vehicles for Sightseeing - Duck Tours, um dos distinguidos no Startup Weekend Lisboa, em Novembro. João Pessoa e Costa, 25 anos, e Tirso Olazabal, 26, querem transportar passageiros em veículos que circulem em terra e no mar. Uma espécie de autocarro de turismo, em forma de barco, que faz visitas guiadas aos principais pontos históricos de Lisboa e do Porto. Para completar o percurso, entra no rio e oferece aos passageiros a oportunidade de conhecerem as zonas ribeirinhas e costeiras. "Imagine qual o impacto de entrar no rio, após uma visita em terra e poder conhecer a cidade junto à sua costa? É, sem dúvida, uma experiência única que se demarca dos concorrentes do mercado de 'sightseeing'", comenta João Pessoa e Costa.
A ideia surgiu após uma viagem a Boston, nos Estados Unidos da América, onde conheceram o conceito e andaram nos autocarros anfíbios pela primeira vez. A forma do veículo captou a atenção dos jovens e a experiência, que parecia chata, revelou-se divertida. Voltaram a ver os "Ducks" em Londres. "Mais tarde, durante um almoço, começámos a trocar ideias sobre negócios relacionados com turismo, para Portugal, e chegámos à conclusão que era uma excelente oportunidade para um país como o nosso", acrescenta o outro empreendedor.
João Pessoa e Costa e Tirso Olazal conheceram-se no curso de Direito, da Universidade Católica e são amigos desde então. Apesar de terem seguido percursos profissionais distintos, nunca desistiram da ideia de criar uma empresa conjunta. Hoje, são várias as ideias que continuam por explorar. O objectivo é sempre o mesmo: investir em conceitos que preencham lacunas existentes no mercado.
Quando ouviram falar no Startup Weekend Lisboa, fizeram uma triagem das ideias que exigiam maior esforço financeiro para avançarem. Venceu a Duck Tours. Participaram porque queriam ter um feedback especializado sobre as potencialidades do negócio. Se a ideia tivesse sucesso, poderia facilitar a angariação de investidores para o seu desenvolvimento e implementação. Foi a primeira vez que participaram em iniciativas do género.
Aproveitar o clima
A Amphibious Vehicles for Sightseeing - Duck Tours surgiu não só por entenderem que o negócio tem um carácter inovador, mas também por constituir uma mais-valia para o crescimento das cidades. Mais: é um projecto exequível, com resultados positivos, já verificados noutras cidades. "Lisboa e Porto dispõem de uma localização e clima únicos", comenta João Pessoa e Costa. Porque não aproveitá-los? "O turismo vai continuar a ter um papel preponderante na economia destas cidades e acreditamos que, ao oferecermos esta solução, estamos a contribuir para o seu desenvolvimento", acrescenta. No futuro, o objectivo é expandir o Duck Tours para outras cidades portuguesas. "A possibilidade de expansão do negócio em si é muito grande neste país", diz.
Por enquanto, estão a consolidar o plano de negócios. Estudam o mercado e todos os aspectos burocráticos que o envolve, como os licenciamentos, registo do modelo, entre outros. "Embora sejamos bastante empreendedores e gostemos de fazer "brainstormings" de ideias de negócios semanais, pensamos que a constituição desta empresa se encontra bastante dependente de apoios financeiros", explica Tirso Olazabal. Estão abertos a qualquer tipo de financiamento, capital de risco, "business angels" ou investidores particulares puros, e aguardam o momento certo para avançarem. "Não aceitamos a ideia de constituir uma empresa, com custos significativos, simplesmente para adquirir um estatuto de empresário."
O investimento inicial, considerando os custos de implementação por cidade, ronda os 2,6 milhões de euros. Em causa estão os custos com a estrutura, que implica o desenvolvimento de plataformas de apoio de suporte aos veículos, bem como uma equipa que assegure a sua manutenção, com segurança. "De acordo com o plano de negócios que elaborámos, as receitas vão suportar estes encargos, permitindo que o EBIT [lucros antes de impostos] seja positivo no primeiro ano", diz João Pessoa e Costa. Com três veículos por cidade, o resultado líquido deverá ser de 0,5 milhões de euros no primeiro ano.
Actualmente, os empreendedores trabalham por conta de outrem, onde aproveitam para adquirir conhecimentos e experiência a cada dia que passa. João Pessoa e Costa é assistente do administrador das áreas de Retalho e de Private Banking do Deutsche Bank Portugal e Tirso Olazabal é advogado na F. Castelo Branco & Associados. "Temos fortes ambições profissionais, pensamos em ideias de negócio todos os dias, umas menos boas que outras, mas não nos cansamos de pesquisar e estudar novas oportunidades para lançar um projecto próprio, cujo planeamento se encontra, constantemente, em curso", comenta Tirso Olazabal. Para os dois jovens, trabalhar numa entidade em que o mérito é reconhecido, em que as ideias são valorizadas e em que toda a equipa tem um objectivo comum é factor-chave para o sucesso. "O espírito empreendedor pode ser visível mesmo sem a criação de um negócio próprio", explica João Pessoa e Costa.
Bilhete de identidade
Nome João Pessoa e Costa, Tirso Olazabal
Projecto Amphibious Vehicles for Sightseeing - Duck Tours
Área de actividade Veículos anfíbios de turismo
Investimento Inicial 2,6 milhões de euros
Cidades Lisboa e Porto
O que são as Duck Tours?
Com o projecto Amphibious Vehicles for Sightseeing - Duck Tours, João Pessoa e Costa e Tirso Olazabal querem dar uma nova vida às margens dos rios. Os passageiros vão poder visitar Lisboa e Porto em veículos anfíbios designados Ducks (patos). Cada viagem custará cerca de 30 euros por pessoa e os bilhetes serão vendidos em pontos de venda específicos, pela internet e através de parcerias com Agências de Viagens. A viagem começa em terra, passa pelos principais pontos históricos das cidades e entra no rio, permitindo que os passageiros conheçam as zonas ribeirinhas. O investimento inicial ronda 2,6 milhões de euros e a previsão de receitas ronda os 3,1 milhões de euros no primeiro ano. Os empreendedores esperam chegar a outras cidades do país.
A ideia surgiu após uma viagem a Boston, nos Estados Unidos da América, onde conheceram o conceito e andaram nos autocarros anfíbios pela primeira vez. A forma do veículo captou a atenção dos jovens e a experiência, que parecia chata, revelou-se divertida. Voltaram a ver os "Ducks" em Londres. "Mais tarde, durante um almoço, começámos a trocar ideias sobre negócios relacionados com turismo, para Portugal, e chegámos à conclusão que era uma excelente oportunidade para um país como o nosso", acrescenta o outro empreendedor.
Quando ouviram falar no Startup Weekend Lisboa, fizeram uma triagem das ideias que exigiam maior esforço financeiro para avançarem. Venceu a Duck Tours. Participaram porque queriam ter um feedback especializado sobre as potencialidades do negócio. Se a ideia tivesse sucesso, poderia facilitar a angariação de investidores para o seu desenvolvimento e implementação. Foi a primeira vez que participaram em iniciativas do género.
Aproveitar o clima
A Amphibious Vehicles for Sightseeing - Duck Tours surgiu não só por entenderem que o negócio tem um carácter inovador, mas também por constituir uma mais-valia para o crescimento das cidades. Mais: é um projecto exequível, com resultados positivos, já verificados noutras cidades. "Lisboa e Porto dispõem de uma localização e clima únicos", comenta João Pessoa e Costa. Porque não aproveitá-los? "O turismo vai continuar a ter um papel preponderante na economia destas cidades e acreditamos que, ao oferecermos esta solução, estamos a contribuir para o seu desenvolvimento", acrescenta. No futuro, o objectivo é expandir o Duck Tours para outras cidades portuguesas. "A possibilidade de expansão do negócio em si é muito grande neste país", diz.
Por enquanto, estão a consolidar o plano de negócios. Estudam o mercado e todos os aspectos burocráticos que o envolve, como os licenciamentos, registo do modelo, entre outros. "Embora sejamos bastante empreendedores e gostemos de fazer "brainstormings" de ideias de negócios semanais, pensamos que a constituição desta empresa se encontra bastante dependente de apoios financeiros", explica Tirso Olazabal. Estão abertos a qualquer tipo de financiamento, capital de risco, "business angels" ou investidores particulares puros, e aguardam o momento certo para avançarem. "Não aceitamos a ideia de constituir uma empresa, com custos significativos, simplesmente para adquirir um estatuto de empresário."
O investimento inicial, considerando os custos de implementação por cidade, ronda os 2,6 milhões de euros. Em causa estão os custos com a estrutura, que implica o desenvolvimento de plataformas de apoio de suporte aos veículos, bem como uma equipa que assegure a sua manutenção, com segurança. "De acordo com o plano de negócios que elaborámos, as receitas vão suportar estes encargos, permitindo que o EBIT [lucros antes de impostos] seja positivo no primeiro ano", diz João Pessoa e Costa. Com três veículos por cidade, o resultado líquido deverá ser de 0,5 milhões de euros no primeiro ano.
Actualmente, os empreendedores trabalham por conta de outrem, onde aproveitam para adquirir conhecimentos e experiência a cada dia que passa. João Pessoa e Costa é assistente do administrador das áreas de Retalho e de Private Banking do Deutsche Bank Portugal e Tirso Olazabal é advogado na F. Castelo Branco & Associados. "Temos fortes ambições profissionais, pensamos em ideias de negócio todos os dias, umas menos boas que outras, mas não nos cansamos de pesquisar e estudar novas oportunidades para lançar um projecto próprio, cujo planeamento se encontra, constantemente, em curso", comenta Tirso Olazabal. Para os dois jovens, trabalhar numa entidade em que o mérito é reconhecido, em que as ideias são valorizadas e em que toda a equipa tem um objectivo comum é factor-chave para o sucesso. "O espírito empreendedor pode ser visível mesmo sem a criação de um negócio próprio", explica João Pessoa e Costa.
Bilhete de identidade
Nome João Pessoa e Costa, Tirso Olazabal
Projecto Amphibious Vehicles for Sightseeing - Duck Tours
Área de actividade Veículos anfíbios de turismo
Investimento Inicial 2,6 milhões de euros
Cidades Lisboa e Porto
O que são as Duck Tours?
Com o projecto Amphibious Vehicles for Sightseeing - Duck Tours, João Pessoa e Costa e Tirso Olazabal querem dar uma nova vida às margens dos rios. Os passageiros vão poder visitar Lisboa e Porto em veículos anfíbios designados Ducks (patos). Cada viagem custará cerca de 30 euros por pessoa e os bilhetes serão vendidos em pontos de venda específicos, pela internet e através de parcerias com Agências de Viagens. A viagem começa em terra, passa pelos principais pontos históricos das cidades e entra no rio, permitindo que os passageiros conheçam as zonas ribeirinhas. O investimento inicial ronda 2,6 milhões de euros e a previsão de receitas ronda os 3,1 milhões de euros no primeiro ano. Os empreendedores esperam chegar a outras cidades do país.