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À flor da pele

A partir de 2013 deixam de ser permitidos os testes de sensibilização cutânea em animais. É hora do Sensitizer Predictor entrar em acção.

12 de Maio de 2011 às 10:31
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O Sensitizer Predictor já está na parte final do processo de protecção de propriedade intelectual. A contagem decrescente já começou.


Projecto Sensitizer Predictor
Área de actividade Toxicologia e segurança ambiental
Promotores Bruno Neves, Maria Teresa Cruz, Susana Rosa, Celeste Lopes, Margarida Gonçalo
Universidade de Coimbra



São cinco os promotores do projecto Sensitizer Predictor, oriundo da Universidade de Coimbra: dois bolseiros de investigação, Bruno Neves e Susana Rocha, uma professora auxiliar da Faculdade de Farmácia, Maria Teresa Cruz, outra catedrática, Celeste Lopes, e a chefe de serviço de Dermatologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra, Margarida Gonçalo. Com este projecto, pretendem identificar se um determinado composto químico pode ou não provocar uma alergia na pele. Como? Através de um ensaio "in vitro", ou seja, baseado em cultura de células. "Temos como principal objectivo responder a uma necessidade premente das indústrias química e cosmética europeias", adianta Bruno Neves. Para a segunda, é obrigatório testar a segurança toxicológica de todo os ingredientes que inclui nos seus produtos, antes de os lançar no mercado. Grande parte destes testes, como os de sensibilização cutânea, são realizados em animais. Contudo, a partir de 2013 essa prática deixa de ser permitida pela legislação europeia.

"Podemos introduzir no mercado um ensaio que possibilite substituir os actuais testes em animais para a determinação do potencial sensibilizador cutâneo", acrescenta. Mais: podem dar resposta à necessidade premente das indústrias químicas e de cosmética. "Além de ir ao encontro das novas regras legislativas, é economicamente mais vantajoso para as indústrias alvo, uma vez que é mais rápido e mais barato do que os actuais testes, encerrando em si o que é uma solução eticamente mais correcta."

Quando decidiram levar este projecto ao I2P, sabiam que iam colocar à prova a sua ideia de produto e de negócio. Era o que queriam: obter o feedback de um júri com alargada experiência na área empresarial e da criação de valor em produtos de alta tecnologia. Foi essa a mais-valia da sua participação. Além disso, foram distinguidos com um terceiro lugar, tendo obtido um prémio no valor de 2.500 euros.

Actualmente, o Sensitizer Predictor encontra-se na parte final do processo de protecção de propriedade intelectual, enquanto optimiza o teste a nível técnico. O futuro do projecto oriundo da Universidade de Coimbra também passa pela submissão do teste à ECVAM, entidade europeia responsável pela aprovação e validação de testes alternativo e terá por base uma nova 'startup' que irá conduzir o processo empresarialmente.
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