Notícia
Grupo Mello: Das auto-estradas à saúde
Um grupo familiar que movimenta quase 2 mil milhões de receitas e exporta quase 500 milhões.
Falar do Grupo Mello é falar de séculos de história, uma vez que o grupo remonta ao século XIX.
O grupo nasce pela mão de Alfredo da Silva, em 1891 e foi já no século XX que o grupo constitui a Tabaqueira, funda a Lisnave e inaugura o primeiro hospital.
A nacionalização do grupo Cuf acontece em 1945 e em 88 é constituída a "holding" José de Mello. Em 91, o grupo entra na banca, com a criação do Banco Mello e um ano depois adquire a Companhia de Seguros Império.
Depois do ano 2000, o grupo José de Mello entra numa dinâmica mais agressiva de mercado e é protagonista da fusão do Banco Mello com o BCP, é quando adquire accções da Brisa, da Efacec e da EDP.
Em 2006, lança uma OPA sobre a Efacec com o TMG e em 2012/13 é a vez de lançar uma oferta sobre a Brisa.
Com todas estas movimentações, a carteira de participações do Grupo Mello é composta por 52,8% da Brisa, 100% da Cuf e da Selecta (gestão de fundos imobiliários), 50% da Efacec, 65,9% da José de Mello Saúde e 2% da EDP.
Vasco Mello é o presidente do Grupo Mello e o 18º mais poderoso da economia, segundo análise realizada pelo Negócios.
O gestor além de assumir o rumo do Grupo Mello, lidera também a Brisa. A Brisa deixou, em Abril de 2013, de estar cotada em Bolsa na sequência da OPA lançada pela Tagus, "joint venture" entre o grupo José de Mello e o fundo Arcus. A operação, incentivada pela banca, permitiu reavaliar as acções dadas como garantia em empréstimos da José de Mello.
Os resultados líquidos do grupo mantiveram-se no ano passado no vermelho, apesar da redução para 104 milhões de euros negativos. A dívida a instituições de crédito também desceu, mas continuou próxima dos seis mil milhões de euros.
No final de 2013, a dívida total bruta a instituições de crédito tinha diminuído 720 milhões face a 2012, mas mantinha-se num patamar muito próximo dos seis mil milhões de euros. Já este ano, em Abril, o encaixe de 300 milhões de euros conseguido com a venda de 2,6% da EDP serviu para concretizar nova redução do endividamento.