Diogo Freitas do Amaral, um dos fundadores do CDS e ex-presidente da assembleia geral da ONU pediu hoje, em carta aberta ao Presidente da República, que Jorge Sampaio «dissolva a Assembleia da República e convoque eleições gerais para o Outono», na sequência da saída de Durão Barroso para a presidência da Comissão Europeia.

Em carta aberta hoje publicada no jornal «Público», Diogo Freitas do Amaral enumera sete razões para justificar o seu pedido a Jorge Sampaio, concluindo que a convocação de eleições impediria a conversão da «nossa democracia em ‘partidocracia’».

O antigo dirigente do CDS – partido que faz coligação com o PSD no Governo – defende ainda que Jorge Sampaio deve convocar eleições antecipadas «antes de o PSD lhe propor qualquer nome, em concreto para o cargo de primeiro-ministro», de forma a «não transformar uma questão de princípio numa questão pessoal».

Para Freitas do Amaral o «próximo governo precisa de plena legitimidade política». O político deixa a pergunta: «se Durão Barroso foi escolhido pelo voto de sete milhões de portugueses, deveremos achar bem que o seu sucessor – com todas as dificuldades que vai enfrentar – seja escolhido por 70 dirigentes partidários?».