Notícia
Redação do Dinheiro Vivo suspende contratos de trabalho por não pagamento de salários
A redação aprovou "por unanimidade, a suspensão dos contratos de trabalho na sequência da total ilegalidade que constitui a falta de pagamento de vencimentos devidos por lei aos trabalhadores (subsídios de Natal e salários de dezembro)".
22 de Janeiro de 2024 às 21:10
A redação do Dinheiro Vivo, título de economia do Global Media Group (GMG), decidiu esta segunda-feira, em plenário "a suspensão dos contratos de trabalho" devido ao não pagamento de salários pela empresa, segundo um comunicado.
Esta decisão segue-se a outras semelhantes tomadas pelas redações do Jornal de Notícias e do desportivo O Jogo, também detidas pelo GMG.
Na nota, a redação indica que aprovou "por unanimidade, a suspensão dos contratos de trabalho na sequência da total ilegalidade que constitui a falta de pagamento de vencimentos devidos por lei aos trabalhadores (subsídios de Natal e salários de dezembro)".
Além disso, o plenário decidiu "utilizar o site e o caderno semanal do Dinheiro Vivo [DV] como meios de luta" e "continuar a aguardar uma decisão da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), que se espera ser conhecida amanhã [terça-feira], 23 de janeiro de 2024".
"Sublinhamos a urgência desta decisão atendendo às atuais condições de trabalho no grupo, cada vez mais degradadas e insustentáveis a curto prazo, repudiando totalmente ser usados como reféns numa guerra de acionistas", referiram.
O plenário exigiu ainda "aos acionistas minoritários do GMG a clarificação das suas posições bem como os processos negociais em que estão envolvidos e se estes implicam a separação dos títulos e das marcas".
Para os trabalhadores, "é imperativo conhecer o futuro, não só do Dinheiro Vivo, mas também dos restantes meios", destacando ainda que repudiam "o desinvestimento acelerado e o clima de instabilidade que tem assolado a redação do DV, bem como todas as outras do grupo".
"Com uma equipa de apenas dez jornalistas -- dos quais um diretor e duas editoras - e perante a impossibilidade de recorrer a colaboradores, vitais para o bom funcionamento e diversidade da publicação, o projeto editorial económico do grupo, a marca Dinheiro Vivo, está em perigo -- motivos, aliás, que levaram à demissão do diretor, com o qual a redação se solidariza", denunciaram.
Lembraram ainda que o título foi "fundado em 2011 com uma equipa de 31 jornalistas".
"A redação do Dinheiro Vivo está solidária com todas as formas de luta que os camaradas do Diário de Notícias, do Jornal de Notícias, de O Jogo, da TSF, da Global Imagens, dos demais títulos do GMG e de todos os serviços partilhados têm encetado", destacaram.
Os trabalhadores do Diário de Notícias exigiram ao GMG a regularização da situação salarial até 31 de janeiro, decidindo avançar com um pré-aviso de greve por tempo indeterminado "se tal não acontecer".
Na semana passada, o presidente do GMG disse, em comunicado, que o World Opportunity Fund (WOF), que controla o grupo, transmitiu a sua indisponibilidade em transferir dinheiro para pagar os salários em atraso até uma decisão da ERC e à retirada de um "alegado procedimento cautelar " anunciado por Marco Galinha.
Esta decisão segue-se a outras semelhantes tomadas pelas redações do Jornal de Notícias e do desportivo O Jogo, também detidas pelo GMG.
Além disso, o plenário decidiu "utilizar o site e o caderno semanal do Dinheiro Vivo [DV] como meios de luta" e "continuar a aguardar uma decisão da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), que se espera ser conhecida amanhã [terça-feira], 23 de janeiro de 2024".
"Sublinhamos a urgência desta decisão atendendo às atuais condições de trabalho no grupo, cada vez mais degradadas e insustentáveis a curto prazo, repudiando totalmente ser usados como reféns numa guerra de acionistas", referiram.
O plenário exigiu ainda "aos acionistas minoritários do GMG a clarificação das suas posições bem como os processos negociais em que estão envolvidos e se estes implicam a separação dos títulos e das marcas".
Para os trabalhadores, "é imperativo conhecer o futuro, não só do Dinheiro Vivo, mas também dos restantes meios", destacando ainda que repudiam "o desinvestimento acelerado e o clima de instabilidade que tem assolado a redação do DV, bem como todas as outras do grupo".
"Com uma equipa de apenas dez jornalistas -- dos quais um diretor e duas editoras - e perante a impossibilidade de recorrer a colaboradores, vitais para o bom funcionamento e diversidade da publicação, o projeto editorial económico do grupo, a marca Dinheiro Vivo, está em perigo -- motivos, aliás, que levaram à demissão do diretor, com o qual a redação se solidariza", denunciaram.
Lembraram ainda que o título foi "fundado em 2011 com uma equipa de 31 jornalistas".
"A redação do Dinheiro Vivo está solidária com todas as formas de luta que os camaradas do Diário de Notícias, do Jornal de Notícias, de O Jogo, da TSF, da Global Imagens, dos demais títulos do GMG e de todos os serviços partilhados têm encetado", destacaram.
Os trabalhadores do Diário de Notícias exigiram ao GMG a regularização da situação salarial até 31 de janeiro, decidindo avançar com um pré-aviso de greve por tempo indeterminado "se tal não acontecer".
Na semana passada, o presidente do GMG disse, em comunicado, que o World Opportunity Fund (WOF), que controla o grupo, transmitiu a sua indisponibilidade em transferir dinheiro para pagar os salários em atraso até uma decisão da ERC e à retirada de um "alegado procedimento cautelar " anunciado por Marco Galinha.