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Impresa reduz prejuízos para 2,4 milhões de euros

A dona da SIC reduziu em 13,3% os prejuízos no primeiro trimestre do ano com a redução em 2,7% dos custos. As receitas recuaram 4,2% para 47,9 milhões de euros devido à quebra da subscrição de canais e da publicidade.

Bruno simão
28 de Abril de 2016 às 16:45
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No primeiro trimestre do ano a Impresa registou um resultado líquido negativo de 2,4 milhões de euros, o que reflecte uma melhoria de 13,3% face aos prejuízos de 2,8 milhões de euros alcançados em igual período do ano passado.

Os resultados superam as estimativas dos analistas que previam prejuízos na ordem dos 3 milhões de euros.

A redução de custos em 2,7% para 47,6 milhões de euros contribuíu para a melhoria das contas da dona da SIC, já que as receitas totais caíram 4,2% para 47,9 milhões de euros, de acordo com os números divulgados pela Impresa esta quinta-feira, 28 de Abril, à CMVM.

A diminuição dos custos foi beneficiada pela queda na rubrica de pessoal "no seguimento da reestruturação efectuada no final de 2015, e ainda pela implementação de uma nova organização já em 2016", lê-se no mesmo comunicado.

A empresa liderada desde 6 de Março por Francisco Pedro Balsemão, em substituição de Pedro Norton, justifica a quebra dos proveitos com a redução das receitas de subscrição de canais, de circulação e de publicidade na área do publishing.

Segundo Francisco Pedro Balsemão, "o primeiro trimestre é tendencialmente o mais difícil no sector dos media, mas face à nossa política de controlo apertado de custos e à melhoria dos resultados financeiros, compensámos a descida nas receitas. Esta melhoria dos resultados líquidos neste primeiro trimestre e a manutenção das principais tendências do scetor permite ao Grupo Impresa estimar um aumento dos resultados líquidos em 2016, bem como a redução do seu passivo remunerado", acrescentou.

O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) diminuiu 78,3% para 213 milhões de euros. A margem de EBITDA também recuou de 2% para 1,4%.

Já a dívida líquida desceu em cerca de 3,7 milhões de euros, situando-se no final de Março em 194,9 milhões de euros.

No primeiro trimestre, a Impresa alcançou resultados financeiros negativos de 2,3 milhões de euros, uma redução de 34,6% face ao ano anterior explicada pela "descida em 35,4% dos custos financeiros, devido à renegociação das linhas de financiamento e ainda à redução da taxa de juro", detalha.

Chamadas de valor acrescentado invertem queda

A televisão continua a representar a maior fatia de proveitos da Impresa. Apesar das receitas deste segmento terem caído 2,7% contribuiram com 36,8 milhões de euros de Janeiro a Março deste ano.

A quebra de 12,4% para 11 milhões de euros da subscrição de canais e de 12,4% da publicidade impulsionaram esta descida.

A descida das receitas de subscrição dos oito canais da SIC em Portugal e no estrangeiro deveu-se à "celebração de novos contratos de distribuição" com as operadoras, como aconteceu com a Meo, e à descida do número de subscritores fora de portas, "particularmente em Angola", e "à recente desvalorização do dólar norte-americano".

Já as receitas de multimédia, rubrica onde se inserem as chamadas de valor acrescentado populares dos programas televisivos, inverteu a tendência de queda que tem registado há vários trimestres. De Janeiro a Março os proveitos desta fonte de receitas aumentaram 2,7% para 4,9 milhões de euros. Um valor que mesmo assim não atinge os resultados alcançados anteriormente e, por isso, levou a dona da SIC a repensar a estratégia.

No segmento de publishing, onde estão incluídos títulos como o Expresso ou a Visão, as receitas também desceram 9,2% para 10,7 milhões de euros impactadas pela publicidade e pela circulação.

De Janeiro a Março os proveitos publicitários caíram 18,1% para 4,1 milhões de euros. Isto "apesar do contributo da área digital, nomeadamente no que respeita ao Expresso Diário", já representar 17% do total das receitas publicitários de publishing.

Os proveitos de circulação caíram 8,4% para 5,5 milhões de euros enquanto as receitas de produtos alternativos cresceram 37% para 545 mil euros.

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