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Despesas operacionais da RTP cortadas em um terço

Este ano, o tecto das despesas operacionais da RTP será reduzido em um terço face a 2011, revelou o ministro Miguel Relvas, durante a audição na Comissão de Ética, Cidadania e Comunicação.

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“O tecto das despesas operacionais será de 182 milhões de euros, menos um terço do que foi em 2011”, afirmou o ministro Adjunto e que tem em mãos o processo de reestruturação da empresa de media.

 

Miguel Relvas salientou que “estamos perante uma empresa do Estado que tem dependido de recursos que já não existem, precisamos de inverter essa lógica. Os portugueses têm pago a RTP duas vezes. Esta situação tem de acabar. A RTP terá de viver consoante os seus recursos, na linha do que fazem as suas congéneres europeias”, acrescentou.

 

Relvas adiantou que “há no mercado quem considere que a indemnização compensatória equivale a concorrência desleal”, acrescentando que, no ano passado, o Estado contribuiu com “540 milhões euros para estabilizar a RTP.” O ministro acrescentou que a indemnização compensatória “representou ainda 27% das receitas operacionais da RTP”. 

 

“O nosso objectivo foi o de atingir uma situação financeira mais sustentável, mas sem uma reestruturação mais profunda estamos a chegar ao limite”, salientou.

 

“O passivo da RTP continua a estar sobredimensionado” tendo atingido os “1.100 milhões de euros”, um valor que foi “substancialmente diminuído”. Ainda assim, a “empresa tem uma estrutura de custos demasiado pesada tendo em conta as receitas previsíveis para 2013/2015”, defendeu Miguel Relvas.

 

“Desde 2007, a RTP consumiu recursos públicos na ordem dos 1,5 mil milhões de euros”, o que leva o ministro a considerar que os “custos da televisão pública, tais como existem, são incomportáveis, sobretudo nesta fase.”

 

“Portugal não pode estar ao serviço da RTP, a RTP é que tem de estar ao serviço de Portugal”, adiantou, acrescentando que “por toda a Europa o serviço público de televisão tem vindo a ser repensado”, e Portugal não deverá ser excepção. “Por toda a Europa o serviço público de televisão sabe qual é o seu desafio: ou se afirma ou perde influência.”

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