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Sozé mandou 130 trabalhadores para férias e fechou a fábrica

A detentora da Dkode, marca de calçado que calcorreou os maiores e mais prestigiados certames mundiais do sector, mandou os 130 trabalhadores para férias com dois salários em atraso e 180 euros no bolso. Deveria ter reiniciado a laboração esta segunda-feira. Fechou.

Manuel Azevedo
10 de Abril de 2018 às 16:48
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Ainda há dois meses, o grupo Sozé esteve presente, com a sua marca própria Dkode, na Micam, a maior e mais prestigiada feira mundial de calçado, que se realizou em Milão, Itália, entre 11 e 14 de Fevereiro.

 

A empresa de Felgueiras, criada em 1976 e com uma facturação da ordem dos 10 milhões de euros, exportava 95% da produção para duas dúzias de países, apresentando no currículo clientes como a Hugo Boss, a Kickers ou a Ecco.

 

Há um ano, o dono da Sozé, Vasco Sampaio, garantia que a marca própria valia 60% das vendas do grupo. A Dkode tinha um preço médio de venda ao público de aproximadamente 150 euros.

 

No mês da sua última participação na Micam já não pagou o salário aos 130 trabalhadores da sua unidade industrial de Felgueiras. Nem o vencimento de Março.

 

"Deu 180 euros a cada um e mandou o pessoal de férias duas semanas", contou Carlos Pereira, dirigente sindical, ao Negócios.

 

O regresso ao trabalho, que estava marcado para esta segunda-feira, 9 de Abril, não aconteceu. "Tivemos uma reunião com a administração da empresa na passada sexta-feira, que nos informou de que estava com dificuldades de tesouraria e sem financiamento bancário, pelo que não tinha condições para continuar a laborar", revelou Carlos Pereira.

 

Os trabalhadores, que receberam uma carta a informá-los da insolvência da Sozé, foram esta segunda-feira à empresa - "não para pegar ao serviço, mas para receberem as cartas para o fundo de desemprego".

 

O grupo Sozé terá também encerrado uma pequena unidade industrial em Ponte de Lima, onde empregava três dezenas de pessoas.

 

Fonte oficial da associação portuguesa dos industriais de calçado (APICCAPS) lamentou o desfecho de "uma das 30 maiores empresas do sector".

 

O Negócios tentou contactar Vasco Sampaio, que nunca atendeu o telemóvel.

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