Notícia
Siza Vieira sobre Dielmar: "Não vale a pena pôr dinheiro fresco em cima de uma empresa que não tem salvação”
O ministro da Economia frisou que "as dificuldades da Dielmar são evidentes" e que é importante salvaguardar os cerca de 300 postos de trabalho em risco. "Os dinheiros públicos não servem para apoiar empresários", destacou Siza Vieira.
"Não vale a pena pôr dinheiro fresco em cima de uma empresa que não tem salvação", disse Pedro Siza Vieira, ministro da Economia, em declarações sobre a insolvência da empresa Dielmar.
Em declarações feitas na Madeira, transmitidas pela RTP3, o ministro frisou que as "dificuldades da Dielmar são evidentes", notando que o Estado acompanha a situação da empresa "há mais de uma década".
"O Estado ao longo dos anos foi assegurando a capitalização da empresa, primeiro entrando no capital com 30%. Depois em 2017, aquando de uma reestruturação financeira que a empresa passou, o Estado ainda adquiriu imóveis por 2,5 milhões de euros. O Estado garante ainda uma parte muito substancial da dívida da Dielmar, mais de 3,2 milhões de euros de dívida são garantidos pelo Estado." Em 2019, ainda antes da pandemia, a empresa já tinha capitais próprios negativos, disse o ministro.
No total, Siza Vieira referiu que "mais de 8 milhões de euros públicos já estão a apoiar a empresa". E, questionado sobre a possibilidade de o Estado recuperar esse montante, Siza Vieira reconheceu que "se calhar o Estado não vai recuperar" esse valor.
"Acordámos sucessivamente com a administração da empresa a possibilidade de serem alienados determinados ativos ou de ser assegurada uma gestão mais profissional para a empresa. Isso não foi possível, empenhámo-nos também em encontrar investidores para entrar no capital da empresa, mas dado o elevado endividamento da dita não foi possível encontrar interessados", explicou Siza Vieira. O ministro classificou também a gestão da Dielmar como uma "situação muito pouco clara".
"Com esta gestão não foi possível assegurar a salvação da empresa", esclareceu, salientando a necessidade de "encontrar um novo destino" para a Dielmar, em "mãos mais capazes".
O ministro afirmou que agora é tempo de "gerir esta situação de insolvência no sentido de encontrar novas entidades que sejam capazes de dar destino útil à empresa" e, sobretudo, "salvaguardar empregos".
"Os trabalhadores da Dielmar têm uma experiência acumulada muito significativa, existe hoje em dia escassez de mão de obra no setor têxtil e de vestuário e estamos seguros de que, trabalhando com credores, vamos encontrar uma solução que salvaguarde aquilo que tem solução na empresa, que são os trabalhadores e que assegure que estes possam estar ao serviço da nossa economia", notou Pedro Siza Vieira.
"É necessário empenharmo-nos no sentido de assegurarmos novos destinos para estes ativos e sobretudo para estes trabalhadores", explicitou o ministro da Economia, assegurando que será nesta área que o Governo irá trabalhar.
A insolvência da Dielmar, em Alcains, em Castelo Branco, foi anunciada esta segunda-feira, dia 2 de agosto. Em comunicado, a administração da empresa têxtil, uma das maiores empregadoras da região, explicou que a Dielmar "sucumbiu à pandemia da covid-19", ao fim de 56 anos de atividade.
A empresa garantiu que "pagou pontualmente e até à data os salários aos seus trabalhadores". No mesmo comunicado, Ana Paula Rafael, a presidente da empresa, disse que "talvez a insolvência da Dielmar seja o alerta e o farol para que possam repensar com carácter de urgência o interior e apoiar as indústrias que ainda aqui existem".
(notícia atualizada)
Em declarações feitas na Madeira, transmitidas pela RTP3, o ministro frisou que as "dificuldades da Dielmar são evidentes", notando que o Estado acompanha a situação da empresa "há mais de uma década".
No total, Siza Vieira referiu que "mais de 8 milhões de euros públicos já estão a apoiar a empresa". E, questionado sobre a possibilidade de o Estado recuperar esse montante, Siza Vieira reconheceu que "se calhar o Estado não vai recuperar" esse valor.
"Acordámos sucessivamente com a administração da empresa a possibilidade de serem alienados determinados ativos ou de ser assegurada uma gestão mais profissional para a empresa. Isso não foi possível, empenhámo-nos também em encontrar investidores para entrar no capital da empresa, mas dado o elevado endividamento da dita não foi possível encontrar interessados", explicou Siza Vieira. O ministro classificou também a gestão da Dielmar como uma "situação muito pouco clara".
"Com esta gestão não foi possível assegurar a salvação da empresa", esclareceu, salientando a necessidade de "encontrar um novo destino" para a Dielmar, em "mãos mais capazes".
O ministro afirmou que agora é tempo de "gerir esta situação de insolvência no sentido de encontrar novas entidades que sejam capazes de dar destino útil à empresa" e, sobretudo, "salvaguardar empregos".
"Os trabalhadores da Dielmar têm uma experiência acumulada muito significativa, existe hoje em dia escassez de mão de obra no setor têxtil e de vestuário e estamos seguros de que, trabalhando com credores, vamos encontrar uma solução que salvaguarde aquilo que tem solução na empresa, que são os trabalhadores e que assegure que estes possam estar ao serviço da nossa economia", notou Pedro Siza Vieira.
"É necessário empenharmo-nos no sentido de assegurarmos novos destinos para estes ativos e sobretudo para estes trabalhadores", explicitou o ministro da Economia, assegurando que será nesta área que o Governo irá trabalhar.
A insolvência da Dielmar, em Alcains, em Castelo Branco, foi anunciada esta segunda-feira, dia 2 de agosto. Em comunicado, a administração da empresa têxtil, uma das maiores empregadoras da região, explicou que a Dielmar "sucumbiu à pandemia da covid-19", ao fim de 56 anos de atividade.
A empresa garantiu que "pagou pontualmente e até à data os salários aos seus trabalhadores". No mesmo comunicado, Ana Paula Rafael, a presidente da empresa, disse que "talvez a insolvência da Dielmar seja o alerta e o farol para que possam repensar com carácter de urgência o interior e apoiar as indústrias que ainda aqui existem".
(notícia atualizada)