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Rei português dos autoclismos aumenta vendas para 75 milhões apesar da contração alemã
A OLI, líder ibérica do setor, compensou a diminuição das vendas em 10% para um dos seus principais mercados com as exportações para o norte de África e em França, onde adquiriu a Regiplast, e vai investir este ano 7,7 milhões de euros na sua fábrica em Aveiro.
No seu mega complexo industrial, em Aveiro, onde trabalham mais de 400 pessoas, a OLI produz anualmente dois milhões de autoclismos e três milhões de mecanismos, que são exportados para mais de 80 países dos cinco continentes, com as exportações a representarem cerca de quatro quintos das suas vendas.
Apresentando-se como o maior produtor de autoclismos da Europa do Sul, a OLI fechou o exercício de 2024 com um volume de negócios de 75,2 milhões de euros, o que traduz um aumento global de 3% face ao ano anterior, com as exportações a gerarem 74% do total de vendas.
"O crescimento em 2024 foi impulsionado pelo norte de África (mais 10%), Médio-Oriente (mais 14%), América do Norte e Sul (mais 14%) e Europa do sul (mais 5%), compensando o decréscimo das vendas no centro e norte da Europa (menos 7% e 19%, respetivamente), tendo a Alemanha apresentado a maior diminuição (menos 10%)", enquanto em Portugal "cresceu 8%", detalha a OLI, em comunicado.
"O ano de 2024 significou para a OLI um crescimento global inferior ao inicialmente traçado, influenciado pela contínua contração da economia da Alemanha, a maior da Zona Euro e um dos principais mercados de exportação da OLI, e a guerra na Ucrânia", explica António Ricardo Oliveira, administrador da empresa.
"Para mitigar estes efeitos negativos nas vendas, a empresa prosseguiu a sua aposta no norte de África, que está a alavancar as exportações da empresa, e em França, onde adquiriu a sociedade Regiplast com o objetivo de aumentar a sua influência neste mercado e consolidar o eixo Portugal - Europa do Sul, onde detém filiais em Espanha, Itália e, agora, em França", adianta António Ricardo Oliveira.
Entretanto, a OLI prevê concluir, ainda este ano, investimentos relevantes para aumentar a eficiência da organização com a instalação de um armazém inteligente e a automatização de algumas linhas de produção, num investimento global estimado em 7,7 milhões de euros, integrado no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
"Ao nível da inovação, a empresa irá apresentar novos produtos e soluções com maior incorporação de tecnologia e valor acrescentado com benefícios ao nível da sustentabilidade e da saúde e bem-estar das pessoas", realça o mesmo administrador.