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Empresa portuguesa exporta autoclismos para mais de 50 países
A Oliveira & Irmão (OLI) fechou o exercício de 2012 com vendas de 43,3 milhões de euros, 80% das quais no estrangeiro. A última inovação da empresa portuguesa visa aproveitar a energia da água em movimento para activar as descargas.
Mora em Aveiro o segundo maior produtor europeu de autoclismos e componentes para autoclismos, que registou um volume de negócios de 43,3 milhões de euros em 2012, ligeiramente abaixo dos 44 milhões facturados no ano anterior.
Segundo a informação disponibilizada pela OLI, fundada em 1954, a actividade exportadora ultrapassou os 80% da produção anual de 154 milhões de unidades, que já chegam a mais de 50 países dos cinco continentes. As maiores taxas de crescimento de vendas internacionais aconteceram na Europa central, com destaque para o mercado escandinavo, no Médio-Oriente e nos PALOP.
Um dos novos mercados conquistados no ano passado foi o Brasil, onde entrou através de um acordo de fornecimento de soluções sanitárias para a DECA, que integra o universo Duratex (o maior grupo de painéis de madeira industrializada, louças e metais sanitários do hemisfério Sul). A consolidação das vendas na América Latina é o grande alvo para este ano da empresa liderada por António Oliveira.
“A estratégia de internacionalização da OLI de diversificação de mercados, em particular fora da zona Euro para compensar a desaceleração da economia nacional e europeia, está em 2013 focada nos mercados da América Latina, Médio Oriente, Europa de Leste e África. A entrada da empresa no Brasil (...), aliada às presenças no Peru, Venezuela, Chile e Colômbia, visam transformar a América Latina num dos seus principais mercados de exportação”, acrescentou fonte oficial da unidade industrial aveirense.
Sete novos pedidos de patentes em 2012
Com perto de 350 trabalhadores, a OLI assume-se como uma das empresas nacionais com mais patentes registadas na Europa. Em 2012 foram apresentados mais sete novos pedidos. No seu portfolio tem o sistema de dupla descarga de autoclismo, que anunciou há quase duas décadas e que hoje é uma inovação “presente em todo o mundo”.
A mais recente tecnologia própria foi baptizada de “Moon Ceramic” e teve a primeira apresentação ao mercado em Frankfurt, na Alemanha, há duas semanas. “É uma solução que dispensa a ligação à rede eléctrica ou a substituição de pilhas porque, ao aproveitar a energia da água em movimento, cria e armazena energia que será posteriormente utilizada para activar as descargas”, detalhou a mesma fonte, acrescentando que se trata de “um sistema ‘no touch’ – não necessita de toque –, uma vez que a activação do autoclismo é feita por aproximação”.