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Lucros da Coca-Cola perdem gás apesar de mais vendas nos EUA e Canadá
O resultado líquido no último trimestre foi penalizado por alterações na operação de engarrafamento nos EUA. No ano completo, os lucros da companhia recuaram 11% e as receitas caíram 5%.
O registo de perdas relacionadas com a operação franchisada na América do Norte contribuiu para cortar em mais de metade os lucros da Coca-Cola no último trimestre do ano passado, apesar do aumento das vendas naquele mercado.
Os lucros atribuíveis aos accionistas da empresa caíram de 1.237 milhões de dólares para os 550 milhões entre Outubro e Dezembro, ou menos 56%, enquanto a operação de refranchise de algumas das unidades de engarrafamento nos EUA motivou o registo de perdas de 919 milhões de dólares.
Excluindo os efeitos extraordinários, os lucros foram de 37 cêntimos por acção, em linha com a média sugerida pelos analistas sondados pela Reuters.
O volume de negócios do fabricante de bebidas saiu no entanto acima do esperado, impulsionado pelas vendas no seu principal mercado, a América do Norte. O crescimento nesta área geográfica – de 1% em volume e 8% em valor - contrastou com uma queda da mesma dimensão nas vendas globais, sobretudo influenciadas pelo efeito de inflação elevada em alguns países da América Latina, onde as vendas caíram 4%.
Em valor, as receitas caíram 6% em termos trimestrais para 9.409 milhões de dólares – foi a sétima queda trimestral consecutiva mas ficou acima das estimativas de 9.130 milhões .
No ano completo, a Coca-Cola lucrou 6.527 milhões de dólares, menos 11% que em 2015 e as receitas recuaram 5% no ano completo, tendo encerrado 2016 com um volume de negócios de 41.863 milhões de dólares.
As vendas no mercado da Europa, Médio Oriente e África recuaram 4%, enquanto a América Latina teve a maior queda, de 6%. O mercado norte-americano cresceu 4% e a Ásia-Pacífico contribuiu com mais 1% de receitas.
As acções da Coca-Cola transaccionam, antes da abertura das bolsas em Nova Iorque, a cair 1,71% para os 41,3 dólares.