A The Navigator Company obteve no primeiro semestre deste ano um resultado líquido de 159 milhões de euros, o que significa um crescimento de 16% face ao período homólogo do ano passado.

Em comunicado, a empresa liderada por António Redondo sublinha que na primeira metade deste ano o EBITDA registou um crescimento de 18%, atingindo os 299 milhões, situando a margem EBITDA em 28%, "beneficiando da redução dos custos variáveis em todos os segmentos de pasta e papel e também dos custos fixos", diz.

A Navigator fala assim de "resultados históricos, com o segundo melhor primeiro semestre de sempre da sua história".

Até junho o volume de negócios alcançou os 1.066 milhões de euros, mais 9% face ao mesmo período do ano passado.

Como refere, as vendas de papel de impressão e embalagem totalizaram 673 mil toneladas, o que representa um crescimento homólogo de 26%. Já o volume de vendas do negócio de tissue atingiu as 94 mil toneladas, um aumento homólogo de 54% enquanto o volume de vendas do segmento de "packaging" registou uma subida de 90% face à primeira metade de 2023.

Relativamente aos papéis de impressão e escrita, o grupo sublinha a "evolução positiva da procura, essencialmente impulsionada pela regularização de stocks na cadeia de distribuição, especialmente na Europa", acrescentando que também na China "registou-se um forte crescimento de 7,1%, bem acima da tendência verificada nos últimos 5 anos".

Também a procura no mercado de papel tissue "apresentou uma boa dinâmica neste primeiro semestre", frisando a entrada de nova capacidade fruto da integração da Accrol, agora denominada Navigator Tissue UK.

As vendas internacionais no negócio tissue representaram um peso de 76% do volume de vendas, sendo os mercados mais representativos o espanhol, com 35% do total de vendas, o inglês com 20% e o francês com peso de 18%, refere.

No packaging, a Navigator aponta para uma "tendência de recuperação com procura consistente" e "de regresso a um funcionamento normal de mercado".

Neste segmento diz ter continuado a alargar a base de clientes para cerca de 300.

No negócio da pasta o grupo refere que as vendas no semestre foram de 181 mil toneladas, o que representa "uma redução de 16% face ao período homólogo, por menor volume de pasta disponível para venda, e uma redução menor, de 8%, do valor das vendas, por via do aumento expressivo de preços".

No primeiro semestre o montante total de investimentos ascendeu a 93 milhões de euros, abaixo dos 113 milhões anunciado no período homólogo de 2023, dos quais cerca de 41 milhões classificados como investimentos de cariz sustentável (ESG), "com impacte positivo na redução futura de custos, o que representa 44% do investimento total".

No final de junho a dívida líquida remunerada do grupo era de 664,5 milhões de euros, 92 milhões acima da registada no final do primeiro semestre de 2023.