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Latino de Clementina veste 20 mil agentes da PSP

Começou pela polícia angolana, passou pelos carabinieri italianos e vai agora fornecer, durante os próximos cinco anos, o fardamento dos 20 mil agentes da PSP. O grupo Latino, de Clementina Freitas, fatura 3,6 milhões de euros e emprega 50 pessoas em Braga.

A empresa liderada por Clementina Freitas emprega 50 pessoas e fechou o último exercício com vendas de 3,6 milhões de euros, dos quais 90% foram gerados nas exportações. Jornal T
22 de Janeiro de 2019 às 14:54
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A 10 de janeiro de 1986, depois de 11 de trabalho no grupo TMG e outros três na Kispo, Clementina Freitas tornou-se empresária. Começou por trabalhar para um cliente inglês, com uma primeira encomenda de 40 mil calças clássicas, que foram produzidas em regime de subcontratação.

 

Entretanto, como Clementina não queria fazer o mesmo que todos faziam, decidiu especializar a empresa num nicho: produção de uniformes e equipamentos táticos para as forças militarizadas, num espaço de 450 metros quadrados em Famalicão.

 

À boleia de um sócio conhecedor do mercado angolano, entre 1989 e 1997 eram vários aviões semanais que levavam carga para este PALOP, num total anual da ordem das 100 mil peças por coleção.

 

Com o crescimento da Latino, que entretanto alargou o seu nicho ao vestuário técnico-profissional, Clementina decidiu, em 2001, mudar as instalações industriais para Braga, onde ainda hoje se mantém, numa área coberta de três mil metros quadrados e que deverá duplicar em breve, em resultado de um investimento de um milhão de euros.

 

Uma expansão que, prevê a empresária, deverá também quase duplicar a faturação da Latino Group - que chegou aos 3,6 milhões de euros no ano passado - para 6,4 milhões de euros.

 

Entretanto, a empresa bracarense chegou a acordo com o Ministério da Administração interna para equipar a PSP dos pés à cabeça durante os próximo cinco anos.

 

Segundo o Jornal T, da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), a partir deste mês a Latino está a gerir uma plataforma de "e.commerce", com acesso reservado em exclusivo aos 20 mil agentes da PSP, onde estes podem adquirir online todas as peças de fardamento de que necessitem.

 

"Trata-se de um desafio enorme em termos logísticos", reagiu Clementina Freitas ao Jornal T.

 

A Latino Group exporta cerca de 90% da sua produção e emprega meia centena de pessoas.

 

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