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Fapajal aposta na internacionalização e nas parcerias
Desde a entrada dos novos donos, a histórica fábrica de papel triplicou a quota de exportações. Xavier Rodríguez-Martín e Rui Sequeira Martins querem agora focar-se no mercado americano.
A Fapajal, empresa portuguesa com mais de 260 anos que produz papel "tissue" (para lenços, toalhas ou guardanapos), quer aumentar este ano as receitas em 10%, o EBITDA em 20% e a quota de exportações em 10 pontos percentuais.
Na apresentação da estratégia de transformação desta PME industrial histórica, Xavier Rodríguez-Martín e Rui Sequeira Martins, que adquiriam a empresa em Julho do ano passado, adiantaram que em seis meses a unidade que fabrica bobinas e produtos transformados, aumentou o EBITDA em 17% e triplicou a quota de exportações.
Em 2016, a empresa facturou 26,2 milhões de euros, mas pretende este chegar aos 28,9 milhões de euros. As estimativas dos gestores são para um aumento do EBITDA para 3,6 milhões e que o mercado nacional, que até agora representou 80% das vendas, reduza esse peso para 32%.
Os dois gestores, com um passado no sector das telecomunicações, adquiriam a empresa em Julho de 2016, depois de dois anos de negociações, num investimento da ordem dos 20 milhões de euros.
"Transformar uma boa fábrica numa boa empresa industrial", é a tarefa assumida pelo presidente da Fapajal, Xavier Rodríguez-Martín, explicando que a aposta é no serviço ao cliente, na internacionalização e na criação de um ecossistema de parcerias.
Os principais mercados de exportação da Fapajal são hoje o Norte da Europa, Espanha e África, mas de acordo com o responsável, "o foco agora é abrir os mercados americanos", salientando a atractividade "do Canadá à Argentina".
Como explicou, o processo de internacionalização da empresa terá três fases: a exportação, que já decorre em pleno, as parceiras, que se começarão a materializar em 2017, e a presença noutros mercados, o que aponta para 2018.