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Energie retoma produção de painéis solares depois do incêndio
A fábrica da Póvoa de Varzim já voltou a laborar para responder às encomendas, embora só deva estar a funcionar a 100% dentro de duas semanas. Armazém de matérias-primas e anfiteatro foram as zonas mais afetadas pelas chamas.
Seis dias depois de um violento incêndio que destruiu quase um terço das instalações industriais da Energie, na Póvoa de Varzim, a empresa de painéis solares termodinâmicos já conseguiu "colocar parte da produção em funcionamento" e garante que "nenhuma encomenda está em risco".
Apesar do aparato provocado pelas chamas, que chegaram a ameaçar o centro logístico da Mercadona, situado também na Zona Industrial de Laúndos, os maiores estragos foram causados na zona onde estavam armazenadas as matérias-primas e no anfiteatro da empresa liderada por Luís Rocha.
Ainda com as reparações a decorrer no telhado, o empresário prevê que a fábrica esteja a funcionar a 100% dentro de duas semanas. Numa nota enviada às redações, garante ainda que até ao final de março irá despachar 132 equipamentos para a Irlanda e para o Dubai e terminar a produção de outros 180 para o mercado italiano.
Fundada em 1981, a exportadora popularizada a nível nacional na sequência de uma visita do então primeiro-ministro, José Sócrates, tem vindo a recuperar parte do negócio perdido nos piores anos da crise, depois de as vendas terem caído para metade a partir de 2011.
Como o Negócios noticiou a 20 de fevereiro, sobretudo apoiada na retoma da construção e no discurso ambiental, a faturação aumentou cerca de 30% em 2019 – um ano em que se estreou a exportar para Argentina, Coreia do Sul e Nova Caledónia –, para um valor a rondar 8,5 milhões de euros.