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Empresa da Maia baixa lucros mas dá prémio de 1.250 euros a cada trabalhador

A Iso-Sigma pagou o prémio a 23 de dezembro a todos os seus 38 colaboradores, sem discriminação de funções, “da senhora da limpeza à administração”, para que “passassem as festividades do Natal, neste período de tantas dúvidas e restrições, de uma forma mais tranquila”.

Luís Mesquita, administrador e filho do "chairman" da Iso-Sigma, e Joaquim Santos, CFO da empresa.
09 de Janeiro de 2021 às 12:00
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O avô de Luís Mesquita Araújo fundou, em janeiro de 1958, no Porto, a SIGMA - Sociedade de Instalação Geral de Material Elétrico, empresa focada no comércio e instalação de materiais elétricos, tendo participado no desenvolvimento geral da eletrificação do país, especialmente no que concerne à eletrificação rural.

 

No pós-25 de abril de 1974 transfere-se para a Maia, onde ainda hoje, já sob a liderança de José Luís Mesquita de Araújo, filho do fundador, se dedica ao fabrico, comércio e instalação de equipamentos elétricos.

 

A EDP mantém-se como um dos seus "principais clientes", destacando-se também o caso da Efacec, com a qual a Iso-Sigma tem uma forte relação - "é nossa cliente, fornecedora e concorrente", enfatizou Luís Mesquita Araújo, administrador da empresa e filho do "chairman", em declarações ao Negócios.

 

O grande salto em frente da Iso-Sigma aconteceu no início de 2017, quando José Luís Mesquita de Araújo adquiriu a participação da irmã no capital da empresa, tornando-se o acionista único, tendo então contratado um gestor profissional, Joaquim Santos, que foi gestor no Barclays Bank, para o cargo de CFO (administrador financeiro).

 

Desde então que "a faturação vinha crescendo cerca de 20% ao ano", até que "em 2020 registou uma quebra de 20% em relação a 2019, muito por culpa da situação pandémica, que adiou projetos naquele que seria, sem sombra de dúvida, o melhor ano de sempre da empresa", afiançou Luís Mesquita Araújo.

 

A Iso-Sigma fechou o último exercício com uma faturação da ordem dos 5,2 milhões de euros, menos cerca de 1,6 milhões de euros do que a verificada no ano anterior, com as exportações para meia dúzia de países - com Angola, Espanha e Dinamarca à cabeça - a valerem "cerca de 10/12% do total", enquanto o EBITDA (lucro antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) recuou de 700 mil em 2019 para 350 mil euros no ano passado.

 

"No entanto, a entrega de todos os colaboradores foi inexcedível ao longo do ano, durante o qual a empresa nunca esteve fechada e, mesmo nos períodos mais difíceis e inseguros da pandemia da covid-19, a laboração nunca foi interrompida e até se conseguiu aumentar a margem líquida do volume de negócios em relação a 2019", frisou o mesmo administrador.

 

Resultado: depois de, em dezembro passado, ter já antecipado o pagamento do subsídio de Natal, que foi processado em simultâneo com o salário de novembro, e apesar da queda dos lucros e das vendas, a Iso-Sigma manteve a atribuição de um prémio anual ao seu pessoal, que desde 2017 "estava indexado ao salário", tendo desta vez decidido "algo mais comunista", ironizou Luís Mesquita Araújo.

 

E explicou: "Pagámos a 23 de dezembro um prémio de 1.250 euros a todos os 38 colaboradores, independente mente da sua função, da senhora da limpeza à administração."

 

"Com alguns salários próximos do ordenado mínimo, esta ajuda certamente fez com que muitas famílias passassem as festividades do Natal, neste período de tantas dúvidas e restrições, de uma forma mais tranquila e, certamente, mais segura e feliz", observou o administrador e filho do presidente da empresa.

 

Falando do futuro: depois do congelamento de alguns projetos no ano passado, quais são as perspetivas para 2021? "Contamos não só recuperar o que foi perdido em 2020, como até fazer crescer a faturação quase para o dobro."

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