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Carité vai produzir Adidas e criar mais trinta empregos

A Carité, empresa de calçado de Felgueiras 100% exportadora, também vai trabalhar para a Adidas e ganhou mais três marcas de luxo italianas. Com uma facturação de 22 milhões de euros e 300 trabalhadores, vai reforçar o seu pólo industrial de Celorico de Basto com a contratação de mais 30 pessoas.

03 de Março de 2014 às 16:10
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Há novas marcas de luxo internacionais a caminho da empresa de Reinaldo Teixeira, dono de um dos maiores grupos portugueses de calçado e cuja denominação foi inspirada nos nomes das filhas Carina e Teresa.

 

"Estamos desde Janeiro a trabalhar para a Adidas e ganhos três novos clientes de renome internacional, todos italianos" adiantou Reinaldo Teixeira aos jornalistas, em plena stand da empresa na Micam, maior feira mundial de calçado, que decorre em Milão até esta quarta-feira.

 

Sem querer citar os nomes das marcas de luxo italianas agora conquistadas, explicou que os novos contratos surgem do facto "de haver muitas indústrias de calçado em Itália a fechar, pelo que as marcas italianas andam agora à procura de fornecedores em Portugal, onde podem ter a mesma qualidade com um melhor preço".

 

A Carité, que já fornece grandes marcas internacionais como a Guess, a Paul Smith, a Gianfranco Ferré ou a Just Cavalli, também conquistou a gigante mundial Adidas. "Os primeiros pares seguiram para a Adidas em Janeiro deste ano.

 

Para já são só gáspeas, mas estamos convictos que passaremos a fornecer-lhes sapatos inteiros já em Julho", referiu o empresário. O primeiro ano de contrato com a Adidas deverá gerar uma facturação "superior a dois milhões de euros".

 

A produção para a Adidas está concentrada no pólo industrial da Carité em Celorico de Basto, cujo quadro de pessoal, actualmente 70 trabalhadores, será reforçado "com mais 20 a 30 pessoas", garantiu Reinaldo Teixeira. Na fábrica-sede do grupo, em Felgueiras, trabalham 230 pessoas, a que acrescem "cerca de 140, de 10 outras empresas subcontratos e que trabalham a 100% para a Carité", enfatizou o empresário.

 

O grupo Carité fechou o último exercício com uma facturação de 22 milhões de euros, "mais 25% do que no ano anterior", sendo que "este ano está tudo encaminhado para ser igual ou ainda melhor".

 

O segmento de "private label" (produção para outras marcas) é responsável por mais de 90% das vendas do grupo. As marcas próprias Stilleto, J. Reinaldo e Ten Toes geram apenas "8% a 10%" da facturação, sendo objectivo do dono e presidente da Carité fazer crescer esta performance "para 20/25% daqui a cinco anos". Nesse sentido, está a explorar a entrada em novos mercados, inclusive na gigante China, onde já começou a participar nas grandes feiras de moda em Xangai.

 

* Jornalista em Milão a convite da APICCAPS 

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