Notícia
Adidas investiga alegações de suborno na China
Carta anónima acusa altos funcionários da subsidiária chinesa do grupo alemão de terem desviado "milhões de euros".
A Adidas lançou uma investigação sobre a eventual prática de subornos em grande escala protagonizados por altos funcionários da subsidiária chinesa da segunda maior fabricante de artigos desportivos do mundo.
Esta ação foi desencadeada após a empresa ter recebido uma denúncia anónima na qual se acusa quadros da Adidas naquele país de terem desviado "milhões de euros", avança o Financial Times.
Os autores da carta anónima, avança o jornal inglês, identificam-se como funcionários da Adidas China e garante que esta prática envolve quadros superiores, incluindo um gestor sénior envolvido no orçamento de marketing da empresa, calculado em 250 milhões de euros por ano.
Os denunciantes afirmam que os funcionários em causa receberam subornos de fornecedores externos da Adidas e acrescentam que um outo gestor sénior, colocado numa divisão diferente na China, recebeu "milhões em dinheiro de fornecedores e itens físicos, como imóveis".
O grupo alemão confirma que recebeu a 7 de junho uma carta onde se alerta para "potenciais violações de conformidade na China" e garantiu que está "a investigar intensamente este assunto juntamente com consultores jurídicos externos".
A Adidas atravessou uma crise na China resultante de uma queda drástica das vendas entre 2019 e 2022, devido à pandemia de covid 19. Precisamente em 2022, o grupo alemão nomeou um novo CEO para a subsidiária chinesa, Adrian Siu, o qual prometeu reconquistar "os corações e mentes" dos consumidores chineses com linhas de vestuário patrióticas.
O Financial Times adianta que um dos gestores seniores visado na denúncia foi contratado por Adrian Siu e sublinha que embora a missiva não forneça provas concretas para as suas alegações de corrupção, os autores aparentam estar bem informados sobre questões internas altamente sensíveis e confidenciais da Adidas.