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Têxteis Valérius e Coscelos controlam 70% da Ambar

"Foi só show-off." Afinal, o Revitalizar Norte, que é gerido pela Explorer Investments, acabou por não injectar um só cêntimo na Ambar, emblemática empresa de produtos de papelaria.

Correio da Manhã
25 de Setembro de 2014 às 22:14
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"Havia apenas uma carta de intenções da Explorer, que acompanhou o plano de recuperação da empresa que viria a ser aprovado pelos credores, cuja entrada no capital nunca se concretizou. Tivemos então de procurar novos investidores", contou ao Negócios, Rosa Magalhães, directora financeira da Ambar.

 

E foi na indústria têxtil que encontraram a salvação. Os grupos Valérius e Coscelos, de Barcelos, são os novos accionistas da Ambar, ficando a controlar 70% (35% cada) do capital da empresa. Rosa Magalhães e Mário Pinto (director de recursos humanos) os dois mentores do plano de recuperação desta indústria do Porto, detêm os restantes 30% (15% cada).

 

A Valérius é um grupo familiar que fechou 2013 com vendas de 43 milhões de euros, com mais de 60% geradas no ramo têxtil. Tem sete fábricas, cinco têxteis e duas de componentes técnicos para automóveis, e emprega mais de 600 pessoas.

 

"Haverá uma injecção imediata de cerca de meio milhão de euros na empresa, num total de 1,5 milhões a curto prazo", adiantou a CFO da Ambar. Com cerca de 80 trabalhadores e uma facturação "que este ano deverá duplicar os 2,5 milhões de euros registados em 2013", prevê chegar a vendas de 12 milhões de euros em 2015. Perdoada a maior parte dos 19 milhões de euros de dívidas reconhecidas em processo de insolvência, a "nova" Ambar herda um passivo da ordem dos 3,5 milhões.

 

Fundada em 1939, um grupo de 30 trabalhadores viria a pedir a insolvência da empresa há mais de um ano. Salvou-se.

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