Notícia
Vistos gold sem Lisboa e Porto perdem qualquer relevância, diz Pedro Lancastre
A exclusão de Lisboa e Porto dos vistos gold atribuídos por investimento imobiliário tornará o programa "praticamente irrelevante", defendeu esta quarta-feira o diretor-geral da JLL Portugal, Pedro Lancastre.
A proposta do PS para restringir às regiões do interior o regime dos vistos gold relativamente ao investimento imobiliário, excluindo Lisboa e Porto, por exemplo, tornará o programa "praticamente irrelevante", defendeu esta quarta-feira o diretor-geral da JLL Portugal, Pedro Lancastre.
Num encontro com jornalistas, o responsável da consultora imobiliária considera que, caso avance, a medida terá um impacto considerável no mercado imobiliário de luxo e implicará vários "efeitos colaterais".
Ao Negócios, Pedro Lancastre considerou mesmo que o impacto da alteração ao regime dos vistos gold será maior, "devido ao caráter simbólico e emblemático", do que a proposta do PS para eliminar a atual isenção total de tributação dos rendimentos de pensões obtidos no estrangeiro por residentes não habituais, passando a exigir-lhes a aplicação de uma taxa de 10% de IRS.
Já Maria Empis, responsável pelas soluções estratégicas da JLL, assinalou que "embora o peso dos vistos gold tenha sido de apenas 2,5% nos 25 mil milhões de euros de investimento no segmento residencial no ano passado, o efeito na perceção dos investidores estrangeiros poderá ser muito mais significativo".
E, Patrícia Barão, responsável pelo setor residencial, considerou mesmo que "excluindo Lisboa e Porto é praticamente acabar com o programa". "Um investimento imobiliário de 500 mil euros (valor mínimo para a atribuição do visto gold) fora de Lisboa ou Porto é muito difícil", reforçou.
E os responsáveis da JLL apontaram ainda que "é sempre um fator perturbador para os investidores as alterações aos regimes fiscais e condições do mercado". "Portugal atraiu muito investimento no imobiliário nos últimos anos fruto de uma estabilidade legislativa e fiscal", defendeu Pedro Lancastre.
Num encontro com jornalistas, o responsável da consultora imobiliária considera que, caso avance, a medida terá um impacto considerável no mercado imobiliário de luxo e implicará vários "efeitos colaterais".
Já Maria Empis, responsável pelas soluções estratégicas da JLL, assinalou que "embora o peso dos vistos gold tenha sido de apenas 2,5% nos 25 mil milhões de euros de investimento no segmento residencial no ano passado, o efeito na perceção dos investidores estrangeiros poderá ser muito mais significativo".
E, Patrícia Barão, responsável pelo setor residencial, considerou mesmo que "excluindo Lisboa e Porto é praticamente acabar com o programa". "Um investimento imobiliário de 500 mil euros (valor mínimo para a atribuição do visto gold) fora de Lisboa ou Porto é muito difícil", reforçou.
E os responsáveis da JLL apontaram ainda que "é sempre um fator perturbador para os investidores as alterações aos regimes fiscais e condições do mercado". "Portugal atraiu muito investimento no imobiliário nos últimos anos fruto de uma estabilidade legislativa e fiscal", defendeu Pedro Lancastre.