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VIC Properties quer concluir "bairro" de 400 milhões em Braço de Prata até 2023

O projeto Prata Riverside Village nasceu há cerca de duas décadas e desde então já trocou de nome e de mãos. Os novos donos, da VIC Properties, querem vê-lo finalmente terminado e fixam o prazo em 2023.

09 de Outubro de 2019 às 15:18
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O Prata Riverside Village está a avançar a passos largos: com um lote construído, outro em construção e o próximo prestes a iniciar-se, faltam-lhe ainda nove lotes de apartamentos e um de restauração. Contudo, a empresa proprietária, a VIC Properties, garante que o empreendimento que traz 700 novos lares a Braço de Prata deverá estar concluído em 2023. O investimento, com a compra dos terrenos e a construção incluídos, está estimado nos 400 milhões de euros.

À beira-Tejo começa a formar-se o "bairro" que a VIC Properties tem idealizado. O único lote construído, o lote 8, já está preenchido. Tem 28 apartamentos, que culminam num T6 duplex no quarto andar. As áreas, reconhece o CEO da imobiliária, João Cabaça, foram pensadas noutro tempo e estão desalinhadas com aquela que é a procura atual. Por isso mesmo, o lote que se segue e que está agora a erguer-se, o número 7, já terá 40 apartamentos, que ocupam exatamente o mesmo espaço e, portanto, terão áreas e tipologias mais pequenas.

Metade dos apartamentos deste complexo já estão vendidos, "a maioria a portugueses", diz João Cabaça, na apresentação que fez esta quarta-feira, 10 de outubro, aos jornalistas. Os preços situam-se entre os 440.000 e os 2 milhões de euros. Em julho de 2020 deverão estar prontos a estrear.

O lote 1 é o próximo na linha de construção e será o bloco com o maior número de apartamentos até agora: 107. Aqui vendem-se desde T0 a T3, com preços a começar nos 285.000 euros. O objetivo é concluir a obra até ao primeiro semestre de 2021, mas 20% dos lares já estão reservados por esta altura, avançam os responsáveis.

Depois de entregue este lote, ficam ainda nove por construir. Mas a VIC quer dar as obras por terminadas até 2023, isto porque a ideia é criar a "dinâmica de bairro" que só será possível quando as 700 casas estiverem preenchidas - no projeto inicial, o plano era ficar pelos 499 lares.

Além destes edifícios, há um décimo, de natureza diferente: no centro da praça pedonal que rodeia os edifícios, e os liga, está projetado um espaço de restauração que os proprietários comparam ao Time Out, no Mercado da Ribeira: um sítio dedicado à restauração, com produtos frescos à venda.

A contribuir para a dinâmica de bairro estarão os espaços comerciais que todos os lotes têm no rés-do-chão. Estes não estão para venda: vão ser arrendados pela VIC Properties, de modo a que a imobiliária possa controlar o tipo de negócios e assim garantir que existe uma oferta alargada, uma oferta que cubra as necessidades que a VIC antevê para os moradores. O empreendimento vai ter cafés, cabeleireiros e até creches.

Outro aspeto destacado pela imobiliária são os acessos: a ciclovia que se estende pelo corredor entre os edifícios e o jardim que ocupa a beira-rio, vai ter ligação direta ao Parque das Nações e a praça pedonal está plantada ao lado da estação de comboios de Braço de Prata.

De 700 a 2000 casas, vão uns metros de distância

A VIC Properties diz-se focada no projeto da Prata Riverside Village mas, imediatamente ao lado, a mesma imobiliária adquiriu outros terrenos. Neles está projetada a construção de 2000 casas, na mesma lógica de "vila", ou bairro do empreendimento vizinho.

Este projeto, para já conhecido como projeto da Matinha, está numa fase muito inicial e só no próximo ano é que a imobiliária irá avançar com a necessária descontaminação dos terrenos.
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