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Três em cada quatro imóveis são vendidos em menos de três meses

A faturação da ERA cresceu 9% no segundo trimestre, com os preços médios de venda a aumentar, apesar de refletirem alguma desaceleração. Compradores norte-americanos subiram ao top 5 e italianos e chineses estão a ganhar peso. ERA não antecipa inversão da tendência, apesar de haver mais clientes vendedores do que compradores.

Em Lisboa, a Área de Reabilitação Urbana abrange uma larga maioria da cidade, incluindo o centro e todos os bairros históricos.
João Cortesão
18 de Julho de 2023 às 11:34
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Depois de alguns meses de abrandamento, o mercado imobiliário parece ter recuperado nos últimos meses. Segundo a imobiliária ERA, o tempo médio de venda reduziu-se em cerca de 25% face ao segundo trimestre de 2022.

Aliás, segundo os números da empresa, três em cada quatro imóveis são vendidos em menos de três meses após serem colocados à venda. E face aos imóveis em stock, que ajudam a prever tendências futuras, a ERA não antecipa qualquer sinal de inversão da dinâmica de mercado, apesar de ter mais clientes vendedores do que compradores.

O  arranque do ano foi morno para a imobiliária ERA, com a faturação abaixo dos valores do mesmo período de 2022.  Porém, analisando os dados só do segundo trimestre  verifica-se uma recuperação com os proveitos a cresceram 9% para 21,7 milhões de euros.

De acordo com os dados da promotora imobiliária, "a análise mensal indica uma clara e rápida tendência de recuperação do mercado com um crescimento significativo em maio (+5%) e em junho (+9%) face ao mês anterior. Desde o início do ano, "só em abril se registou um decréscimo em relação ao mês anterior". E o mês de junho, com um registo de 7,8 milhões de euros, "teve mesmo um valor muito semelhante ao do período homólogo (apenas -2%)".

Estes valores são sustentados pelo aumento de 3,5% do número de imóveis vendidos - para 2774 - e de 5,4% do volume de negócios transacionados, que se situou em 411.944.869 euros. "Apesar desta evolução positiva, ambos os indicadores ainda ficam aquém quando comparados com o período homólogo, com decréscimos de -12,2% em termos de casas vendidas e -14% em relação aos negócios transacionados", aponta a ERA.

Já o valor médio dos imóveis vendidos continuou a aumentar apesar de estar a desacelerar. No segundo trimestre, o crescimento verificado foi de 2,8% em relação aos primeiros três meses do ano e 0,1% na comparação com o mesmo período de 2022. 

Porém, a ERA destaca que olhando para os imóveis em stock, que ajudam a prever tendências futuras, "não se verifica qualquer sinal de inversão da dinâmica de mercado. Com mais de 51 mil imóveis em carteira, os dados da rede ERA indicam que a oferta continua a reduzir (-4,6% face ao período homólogo) e, consequentemente, os preços a aumentar (+11,1% nos valores de mercado dos imóveis em carteira)", adiantou. 

No que toca às angariações, no primeiro trimestre do ano a ERA registou um aumento do  número de imóveis captados, que poderia indicar um aumento da oferta disponível. Porém, no segundo trimestre, esse número voltou a descer - em 13% face ao período anterior em cadeia, - apesar de se manter 11% acima na comparação com o segundo trimestre de 2022.

Estados Unidos no top 5

A ERA adianta ainda que o número de novos contactos e clientes em base de dados continua a subir face aos períodos anteriores, apresentando um crescimento superior a nível de clientes vendedores (10%) do que compradores (+6%).

O perfil principal dos clientes continua a ser maioritariamente português, mas houve alterações no que toca às nacionalidades estrangeiras.

Brasil, Reino Unido, França, Angola, Estados Unidos, Alemanha e Países Baixos (por esta ordem) continuam a liderar a compra de casas através da ERA, que conta com mais de 200 agências em Portugal. As novidades de 2023 prendem-se com o crescimento nas nacionalidades italiana e chinesa, tendência não identificada no TOP10 desde 2020, e a subida dos EUA ao TOP5.

Olhando para o futuro, o CEO da ERA, Rui Torgal, refere que "os indicadores preditivos dão-nos uma perspetiva muito positiva para os próximos meses. A nossa estratégia de expansão, em curso desde o início do ano e já com mais de uma dezena de aberturas de novas lojas nestes primeiros seis meses, deixa-nos ainda mais confiantes para o que resta de 2023", conclui Rui Torgal.

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