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Pandemia levou portugueses a fazerem obras em casa

O teletrabalho e o confinamento levaram a que os portugueses procurassem fazer mais obras em casa. No ano passado, a Melom realizou 45.631 remodelações. Mais de o dobro face às 19.653 obras realizadas em 2020.

09 de Março de 2022 às 18:11
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A pandemia levou os portugueses a fazerem mais obras em casa. Esta é uma das conclusões da Melom, que fechou o ano de 2021 com uma faturação na ordem dos 40 milhões euros, mais 31,1% face a 2020.


"A pandemia trouxe uma nova forma de olharmos para as nossas casas, esta é uma nova realidade. Com o crescimento no período de tempo que passamos agora em casa estamos mais atentos aos pontos de melhoria, não só de conforto, mas também nos consumos", disse ao Negócios João Carvalho, co-fundador da Melom.


No ano passado, no total, foram realizadas pela Melom, 45.631 obras de norte a sul do país. Mais de o dobro face ao número de remodelações realizadas em 2020, quando se registaram 19.653.


Entre as regiões do país, foi na zona sul onde se realizaram mais obras no ano passado tendo sido registado "um crescimento exponencial de vários indicadores", entre os quais 122,8% nos pedidos de obras (23.755), 400,5% nas adjudicações (8.818) e 51,1% na faturação (27,2 M€), face ao período homólogo, aponta ainda ao Negócios a Melom.


O concelho de Lisboa continua a liderar o número de obras pedidas com 4.479, sendo que no ano passado, pela primeira vez, o concelho de Sintra ultrapassou o número de pedidos registados no Porto, com 3.132 e 2.108 obras, respetivamente.  

No reverso, há 18 concelho do interior do país, no norte e centro, onde foi registado apenas um pedido para obras, junto da empresa portuguesa de reabilitação e construção de imóveis.


O maior número de obras realizadas em 2021 diz respeito a remodelações gerais, com 7.552 pedidos. Em 2020 foram "os serviços de canalização que somaram o maior número de pedidos", acrescenta ainda João Carvalho.


Também o valor do investimento por obra subiu em 2021. Em média, o valor por obra foi de 28.861 euros, face aos 15.348 euros registados em 2020 e aos 19.365 euros em 2019.


Quando comparados com os espanhóis, os portugueses investem mais em obras, aponta João Carvalho que sublinha que "os portugueses demonstram maior culto pela casa e têm tendência para apostar na sua melhoria estética e funcional".


Mas este maior investimento dos portugueses pode ser um reflexo das condições do parque habitacional nacional. "O parque habitacional de Madrid, por exemplo, é dotado de melhores soluções de conforto energético do que o parque habitacional de Lisboa", explica o co-fundador da Melom.


Para João Carvalho, "o que sobressai na comparação é que o nosso parque habitacional necessita de ser intervencionado porque estivemos muitos anos sem realizar manutenção ou melhoramentos nas nossas casas".

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