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Mercado de escritórios londrino com demora na recuperação

Nos últimos dias tornaram-se evidentes os sinais de que o mercado imobiliário de Londres, no que diz respeito aos edifícios de escritórios, ainda pode ter de esperar algum tempo para recuperar a dinâmica que teve em tempos. A Great Portland Estates, por exemplo, admite que não conseguirá antes do próximo ano fazer as aquisições que pretendia.

27 de Julho de 2009 às 10:00
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Nos últimos dias tornaram-se evidentes os sinais de que o mercado imobiliário de Londres, no que diz respeito aos edifícios de escritórios, ainda pode ter de esperar algum tempo para recuperar a dinâmica que teve em tempos. A Great Portland Estates, por exemplo, admite que não conseguirá antes do próximo ano fazer as aquisições que pretendia.

Com um plano de aquisições orçado em 640 milhões de libras (742 milhões de euros), para escritórios e comércio no centro de Londres, a Great Portland Estates tem visto as suas propostas serem recusadas. “Eu ficaria surpreendido se pudéssemos anunciar alguma coisa agora”, admitiu o CEO da Great Portland, Toby Courtauld, citado pela Bloomberg.

A empresa reportou, aliás, uma desvalorização dos seus activos imobiliários de 5,1% no segundo trimestre deste ano. Foi, contudo, a desvalorização mais ligeira no espaço de um ano.

Esta semana Peter Bennett, um responsável de urbanismo da City, indicou que a zona financeira de Londres, onde as rendas de escritórios já caíram um terço, pode estar ainda a dois anos de uma retoma da construção de grandes edifícios corporativos. “As rendas terão de subir antes que os financiadores se comprometam com novas construções”, afirmou Bennett. Um consultor da CB Richard Ellis em Londres disse notar “alguma melhoria” no mercado de arrendamento local, “embora numa base muito ténue”.

De facto, a semana que passa trouxe más notícias para alguns dos principais ‘players’ europeus do mercado imobiliário. A Unibail-Rodamco, um dos grandes promotores de centros comerciais, registou um prejuízo de 1,3 mil milhões de euros no primeiro semestre. A espanhola Renta Corporación registou no mesmo período perdas de 13,7 milhões de euros. A Immofinanz, por seu lado, anunciou que o seu balanço de 2008 terá de ser corrigido, por falta de pagamento de dividendos de uma das suas subsidiárias.

Esta sexta-feira, a edição alemã do “Financial Times” noticiava que a Morgan Stanley se prepara para assumir uma desvalorização de 14%, correspondente a 231 milhões de euros, num fundo imobiliário alemão. Porém, nem só de problemas vive o mercado imobiliário germânico. Na passada quarta-feira a IVG Immobilien informou o mercado de que a empresa Frosch Touristik arrendou 21.800 metros quadrados de um edifício seu em Munique, naquela que foi a maior operação de arrendamento desta cidade alemã em mais de um ano.

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