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JLL: 2019 captou 21% do investimento imobiliário da década, menos que 2018

O único segmento imobiliário em Portugal no qual 2019 superou 2018 foi o hoteleiro, mas o ano passado termina como o segundo melhor da década no que toca ao total do volume de investimento.

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02 de Janeiro de 2020 às 19:26
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O ano de 2019 foi mais um ano de grandes investimentos no imobiliário, superado apenas por 2018. No ano passado, as transações chegaram aos 2,8 mil milhões de euros, o que significa que em 2019 ficou concentrado mais de um quinto do investimento imobiliário da década, de acordo com os dados preliminares da consultora JLL.

De 2010 a 2019, foram investidos 13,6 mil milhões no setor imobiliário em Portugal. O ano de todos os recordes foi 2018, quando foram investidos 3,3 mil milhões de euros e a ocupação de escritórios ascendeu aos 206 mil metros quadrados. O volume de investimento em 2018 representou por isso um quarto do angariado nos últimos dez anos, que compara acima dos 21% registados em 2019.
 

Apesar de, na generalidade, 2018 ficar à frente, no segmento hoteleiro 2019 ganhou a dianteira, pois atingiu um novo recorde: recebeu um investimento de 517 milhões de euros, ganhando um peso de 20% no ano. A maior venda foi a do portefólio Tivoli, por 313 milhões de euros.

O setor do retalho continua a contribuir em força para os números do investimento, sendo que, neste segmento, o comércio de rua teve um papel mais ativo, representando 70% das operações – sobretudo restauração. As vendas de centros comerciais concentraram contudo a grande fatia de capital investido, com negócios como a venda do Leiria Shopping e do Algarve Shopping e Albufeira Retail Park a captarem, respetivamente, 128 milhões de euros e 180 milhões de euros.

Nos escritórios, "o ano deverá fechar cerca de 10% abaixo de 2018, antecipando-se que a ocupação anual em Lisboa possa atingir os 187.500 metros quadrados", diz a JLL, sublinhando que este é o segundo valor mais elevado da década e a ocupação fica quase 40% acima da média. "A procura mantém-se muito ativa, mas tem sido limitada pela baixa disponibilidade de espaço adequado", aponta a consultora.

Portugal continua na mira dos investidores internacionais, que protagonizaram 92% do lume de investimento total. Mas, no que concerne à habitação, "O volume de crédito à habitação concedido em 2019 deverá alcançar os €10,2 mil milhões, acima dos €9,8 mil milhões de 2018, refletindo, sobretudo, a maior atividade dos portugueses na compra de casa". Para a habitação "espera-se novamente um ano muito forte, com vendas muito próximas às registadas em 2018", estima a JLL.

Olhando para 2020, "conseguir voltar a ter um 'ano da terra', com investimentos fora do centro 'prime', em projetos de raiz e direcionados para as famílias portuguesas vai ser o grande desafio do mercado e a grande tendência a marcar o ano", vaticina o diretor geral da JLL, Pedro Lancastre.

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