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“Grande maioria dos mediadores não cumpre os requisitos mínimos”

A Century 21 é hoje uma das principais redes de mediação imobiliária de origem norte-americana a actuar em Portugal. O administrador da empresa no mercado nacional, Ricardo Sousa, falou ao Jornal de Negócios sobre as perspectivas do mercado residencial. N

23 de Outubro de 2007 às 16:01
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Como perspectiva a venda de casas novas em Portugal este ano?

Temos registado uma tendência positiva, quer na oferta quer na procura de imóveis novos na nossa base de dados. Contudo, a procura está concentrada em imóveis de gama média/média alta de cada território. Esta tendência é mais acentuada em zonas de expansão fora dos grandes centros habitacionais já consolidados.

Num contexto económico que tem apresentado algumas dificuldades, as redes de mediação imobiliária estão a fazer bem o seu trabalho de forma a manterem um crescimento?

Sem dúvida. As marcas globais a operarem em Portugal têm criado uma forte pressão no sector no sentido da sua profissionalização. São já comprovadas as melhorias significativas na mediação imobiliária importadas por estas marcas, através da formação profissional dos seus colaboradores, notoriedade, sistemas e métodos de trabalho. Com esta postura, as redes internacionais têm assegurado um crescimento sustentado e estamos certos de que, como à semelhança de outros países, o futuro da mediação imobiliária passará pelas redes imobiliárias. No contexto económico actual este é sem dúvida um modelo de negócio que garante continuidade e qualidade de serviço a todos os seus parceiros e clientes.

Na sua opinião a profissionalização no ramo da mediação imobiliária está a correr a um ritmo adequado?

Na minha opinião poderia ser mais rápido. Existem mais de 5000 mediadores imobiliários em Portugal, as grandes redes imobiliárias representam apenas 10% deste universo. Apesar de existirem muitos mediadores independentes e empresas não licenciadas pelo InCI (Instituto da Construção e do Imobiliário) que prestam um serviço profissional de qualidade no seu mercado local, a realidade é que a grande maioria não cumpre os requisitos mínimos, criando uma percepção negativa do sector. Acredito que uma regulamentação mais exigente e um controlo mais apertado das directivas por parte do regulador iriam obrigar a uma mais rápida profissionalização do sector. Hoje em dia são as marcas internacionais a elevar os patamares de qualidade obrigando os outros players a seguir a tendência para se manterem no mercado.

Os portugueses têm incentivos e condições suficientes para investir em imóveis dentro do país mais do que lá fora?

Verificamos um aumento da procura por parte dos portugueses de imóveis de férias em países como Cabo Verde e Brasil, como alternativa ao Algarve. Procuram uma boa oportunidade de investimento e clima quente durante todo o ano. Esta tendência tem-se verificado apesar da subida de preços nestes mercados e também da condicionante do benefício fiscal de não tributação (na esfera de IRS) das mais valias da venda de um imóvel de habitação permanente só se aplica se esta for reinvestida em habitação para o mesmo fim (ou seja, para habitação própria permanente) e se for no território nacional.

Embora seja a maior parte da carteira das redes de mediação, o imobiliário residencial não é a sua única oferta. Como é que tem evoluído a integração de imóveis de outra natureza (armazéns, terrenos, entre outros) no caso da Century 21?

Sendo a Century 21 uma marca jovem em Portugal, a nossa estratégia neste momento é focar e especializar as nossas lojas no mercado residencial. Após a consolidação neste segmento é que iremos avançar para outras tipologias de imóveis.

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