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Eastbanc prevê início de reabilitações em Lisboa no fim de 2009

A Eastbanc, empresa norte-americana liderada pelo investidor Anthony Lanier, só deverá iniciar as suas intervenções de reabilitação de palacetes no Príncipe Real, em Lisboa, no final de 2009, disse Anthony Lanier durante o Salão Imobiliário de Lisboa (SIL).

23 de Outubro de 2008 às 16:10
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A Eastbanc, empresa norte-americana liderada pelo investidor Anthony Lanier, só deverá iniciar as suas intervenções de reabilitação de palacetes no Príncipe Real, em Lisboa, no final de 2009, disse Anthony Lanier durante o Salão Imobiliário de Lisboa (SIL).

Ao participar numa conferência esta quinta-feira no SIL, sobre os desafios para os investidores estrangeiros, o responsável da Eastbanc mostrou-se, mesmo com as adversidades da conjuntura económica, optimista. “Eu vou fazer o edifício e começar as vendas. Se ninguém comprar [os apartamentos] compro eu”, disse.

O projecto da Eastbanc para Lisboa prevê a transformação de vários palacetes em apartamentos de luxo. A empresa já adquiriu 20 edifícios, mas ainda não avançou com obras.

“Com sorte vamos começar a construção no fim do ano que vem e depois iremos lançar cada edifício a cada seis meses”, explicou Anthony Lanier no SIL. A Eastbanc iniciou as aquisições de edifícios em Lisboa há três anos. Actualmente a estratégia da empresa, com sede em Washington, passa pelos mercados de Portugal, Rússia, Dubai e Brasil.

Sobre o impacto da crise financeira na capacidade da Eastbanc de levar por diante as suas intervenções em Lisboa, Lanier mostrou-se igualmente tranquilo. “Estamos bem capitalizados e a dimensão de cada projecto nosso não é muito grande”, afirmou. O investidor da Eastbanc disse ainda ter tempo para fazer o projecto, mas considera que “as pessoas que estão sentadas com edifícios vazios [sem os vender] vão ter de mudar de ideias”.

A Eastbanc está ainda a negociar a aquisição de mais imóveis no Príncipe Real e Anthony Lanier está ciente das dificuldades. “As coisas vão ser lentas, mas graças a Deus temos outras oportunidades noutros países. Vamos ser pacientes”, referiu durante o SIL.

Convidado para falar sobre os desafios de Lisboa no investimento imobiliário, Anthony Lanier reconheceu a existência de alguns entraves. “Os desafios são causados pela falta de liquidez aqui e um regime fiscal adverso, uma pesada administração, pouca dinâmica, entre outros factores”, disse. Além disso, segundo Anthony Lanier, subsistem problemas como “falta de transparência” na disponibilização de informação aos investidores. Do lado das oportunidades em Portugal, Lanier destacou a existência de recursos humanos qualificados.

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