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Deutsche Bank investe mais de 10 milhões em “shopping” colado ao Dragão

A sociedade gestora de fundos do banco alemão, dona de cinco “shoppings” em Portugal, aposta na renovação de “um centro icónico” como o Alameda Shop & Spot, antigo Dolce Vita Porto.

O Alameda Shop & Spot, antigo Dolce Vita Porto, situa-se junto ao Estádio do Dragão.
06 de Junho de 2019 às 16:00
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Os (antigos) centros comerciais Dolce Vita já tiveram várias vidas em Portugal. Comprados pela Chamartín ao universo Amorim, em 2006, com a falência do grupo espanhol o portfólio foi desmembrado, indo parar a outras mãos internacionais.

 

Com a exceção do Dolce Vita Tejo, todos os restantes centros comerciais que ostentavam a marca-chapéu adotaram novos nomes. Foram os casos dos ex-Dolce-Vita em Vila Real, Coimbra e Porto, que foram adquiridos  à "private equity" norte-americana Lone Star, no final de 2015, pela DWS Investments, sociedade gestora de fundos do Deutsche Bank.

 

A DWS começou por mudar o nome aos três "shoppings", com o de Vila Real a ser rebatizado de Nosso Shopping, o de Coimbra de Alma Shopping e o do Porto de Alameda Shop & Spot, os quais viriam a passar por um processo de revitalização.

 

No caso do Alameda Shop & Spot, situado junto ao Estádio do Dragão, a consultora imobiliária CBRE, que é responsável pela sua gestão e comercialização, avançou ao Negócios que "terminou o processo de remodelação" deste centro comercial.

 

Tratou-se de "um amplo projeto de ‘refurbishment’ que envolveu uma nova marca, intervenção de todas as zonas estratégicas do centro e a criação de um novo conceito de zona de restauração", adianta a CBRE, numa nota enviada ao Negócios e em que revela que a DWS investiu "mais de 10 milhões de euros" nesta intervenção.

 

Um processo de renovação que foi acompanhado por uma estratégia de atualização do "mix" comercial do centro, que contou com cerca de 65 operações.

 

Foram fechados contratos com 17 novas marcas, como a H&M, Mc Donalds, Fitness Hut e Pré-Natal, e 47 lojas renovaram a sua imagem, localização e até mesmo a sua dimensão, das quais se destaca a renovação profunda do hipermercado Continente e a abertura do DeBorla.

 

"Em 2018, o Alameda Shop & Spot apresentou um crescimento de ‘footfall’ [número de visitantes] na ordem dos 10% e a taxa de ocupação do centro obteve uma expressiva subida, alcançando os 95%", enquanto "o Páteo, a nova zona de restauração do Alameda, viu as suas vendas crescer em mais de 30%", garante a CBRE.

 

"Num mercado maduro e exigente como é o do Porto, foi decisivo investir num centro icónico como é o Alameda Shop & Spot. Hoje é um centro que apresenta coerência na sua oferta, no seu ambiente e nos seus espaços, estando alinhado com as tendências de consumo em Portugal", afirma Carlos Manunbens, "asset manager" da DWS Investments.

 

Já Carlos Récio, diretor da agência de retalho da CBRE, salienta que "a performance do Alameda Shop & Spot em 2018 – e mesmo já em 2019 -, em tudo indica que esta ampla operação de ‘refurbishment’ e de renovação do ‘mix’ comercial começa a dar os seus primeiros frutos e foi uma aposta certeira tendo em conta o perfil do seu consumidor. Agora é potenciar o centro num todo, e em breve esperam-se ainda mais novidades", promete.

 

Alemã DWS quer mais "shoppings" escritórios e ativos logísticos em Portugal

 

Entretanto, Carlos Manunbens considera que "Portugal continua a ser um mercado estratégico e com grande potencial no que se refere a centros comerciais", pelo que a DWS promete  "continuar neste caminho e na procura permanente de oportunidades de investimento" no nosso país.

 

"Com um foco principal no nosso core: escritórios, logística e, claro, os nossos centros comerciais", sinteza.

 

No segmento de centros comerciais, além do Alameda, do Alma e do Nosso Shopping, a DWS detém também o Fórum Madeira e adquiriu, há cerca de dois meses, o LeiriaShopping a um fundo da Sonae Sierra por 128 milhões de euros.  

 

Com esta operação, a DWS anunciou que passa a ter um total de ativos sob gestão em Portugal de 500 milhões de euros, sendo que nos últimos quatro anos adquiriu 1,4 mil milhões de euros em ativos imobiliários na Península ibérica, e atualmente administra um total de 1,8 milhões neste território.

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