A consultora imobiliária global Cushman & Wakefield Healey & Baker (C&W/H&B) foi responsável por um volume de transacções de 121 milhões de euros em Portugal durante o ano de 2003.

Segundo Eric van Leuven, "managing partner" da C&W/H&B Portugal, "o ano de 2003 não foi um bom ano para o sector imobiliário. Dada a actual conjuntura económica, estamos satisfeitos com os resultados obtidos em 2003 e estamos optimistas em relação ao novo ano".

A consultora considera que esteve "bastante activa" na área de investimento. As transacções realizadas em 2003 incluem a venda do edifício Arquiparque IV, propriedade da LaSalle Investment Management, ao Banif, a venda do Sintra Retail Park, propriedade da Miller Developments e da Sonae Imobiliária, um edifício na Rua Augusta, propriedade da Dixons à Redevco (que será ocupado na sua totalidade pela H&M) e a venda da loja ocupada pela Lanidor em Entrecampos, propriedade da Merloni, à AF Investimentos.

A C&W/H&B prestou também serviços de aconselhamento estratégico ao fundo "Logística e Distribuição", gerido pela Norfin SGFII, o qual no primeiro ano de actividade, aplicou 30 milhões de Euros em investimento imobiliário.

No sector das avaliações, a C&W/H&B diz que consolidou a sua posição como líder de mercado, tendo avaliado activos superiores a 17 mil milhões de euros durante os dois últimos anos. A consultora continuou a sua colaboração com a Sonae Imobiliária, tendo sido instruída para a avaliação do Fundo Sierra, e outros investidores na área de centros comerciais como a ING Real Estate e a Pricoa. Paralelamente, realizou avaliações de edifícios de escritórios e armazéns para empresas como a Portugal Telecom, EDP, RTP e Vodafone e para fundos de investimento nacionais e estrangeiros, incluindo a Espírito Santo Activos Financeiros (ESAF), Sofinac e Norfin.

Para a consultora, as avaliações são um segmento de potencial crescimento, não apenas devido à profissionalização das actividades económicas, mas também porque as novas normas contabilísticas internacionais obrigam a que o valor do património das empresas seja reflectido no seu balanço.

No que respeita à área de retalho, foi iniciada a comercialização de um dos maiores projectos em Portugal, o Freeport Designer Outlet em Alcochete, com abertura prevista para Junho de 2004. Foram já comercializados 65% dos 75.000m2 disponíveis, estando a restante área em negociação. A C&W/H&B está igualmente a comercializar o Dolce Vita Douro, projecto do grupo Amorim localizado em Vila Real, o Amoreiras Plaza (para a Nexity) e o Alto do Parque (para a GEF). A C&W/H&B continua a sua colaboração com a Miller Developments/Sonae Imobiliária nos seus projectos de r"etail parks" (Sintra, Coimbra, Maia, Setúbal e Loures).

Durante o ano de 2003, a consultora concluiu a comercialização de dois projectos da Sonae Imobiliária - Parque Atlântico (Açores) e Estação Viana Shopping (Viana do Castelo) - e representou duas novas marcas internacionais – a Footlocker e a canadiana Aldo – na aquisição das suas primeiras lojas em Portugal.

No segmento de escritórios, apesar de reconhecer as dificuldades nesta área do sector imobiliário, a C&W/H&B foi responsável pela maior transacção de escritórios de 2003, a aquisição da nova sede da Pfizer Inc., no Lagoas Park (7.000 m2) , tendo sido também responsável pelo arrendamento das novas sedes da BMW Portugal e Societé Générale.

Na área industrial, a C&W/H&B foi responsável pela venda de duas propriedades da Lear Corporation em Palmela à AF Investimentos, representando uma das maiores transacções industriais do ano. Na gestão de imóveis, a consultora foi mandatada para a gestão de três imóveis no Parque das Nações – Torre Zen (para Standard Life Investments), Office Oriente (DB Real Estate) e Torre Fernão Magalhães (Crédit Suisse Asset Management). A equipa de Gestão de Imóveis da C&W/H&B presentemente tem a seu cargo a gestão de 260.000 m2 distribuídos por 26 edifícios em Lisboa.

No segmento de "researech" e consultoria, a C&W/H&B realizou estudos de viabilidade para empresas como a Sonae Imobiliária, AM Development e ING Real Estate, entre outras.

"As nossas grandes apostas passam pela área de gestão de projectos que deverá crescer" em 2004, e também pelo "crescimento do negócio de retalho em termos de facturação e com a área de investimento a poder crescer entre 15 e 20%", salientou Eric van Leuven.

O "managing partner" da C&W/H&B explica que o crescimento previsto na área de investimento poderá ser justificado com o facto de haver uma maior liquidez no mercado, conjugando um maior interesse por parte dos fundos estrangeiros e a alteração da Lei do Arrendamento Urbano prevista para o corrente ano.