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Venda de eletricidade da EDP na Península Ibérica cai quase 5% em 2018

A EDP está a vender menos eletricidade na Península Ibérica, sobretudo em Espanha. Do lado de lá da fronteira, o número de clientes aumenta, mas o segmento industrial está a adquirir menores volumes e a penalizar o balanço da comercialização.

31 de Janeiro de 2019 às 19:22
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A EDP viu a venda de eletricidade na Península Ibérica cair 4,9% em 2018, em comparação com o ano anterior. A quebra na comercialização é justificada sobretudo pelos "menores volumes vendidos no segmento industrial em Espanha", explica a elétrica no comunicado relativo aos resultados operacionais previsionais enviado esta quinta-feira, 31 de janeiro, à Comissão de Mercado e Valores Mobiliários (CMVM).

Tanto em Portugal como em Espanha o volume de eletricidade vendido pela EDP desceu, embora o país vizinho se destaque com uma quebra consideravelmente mais pronunciada: por cá, as vendas deslizaram 0,7%, enquanto em Espanha as perdas foram de 10,4%.

Já no que toca ao número de clientes, as tendências entre os países ibéricos revezam-se: o número de clientes espanhóis a contratualizar com a EDP aumentou 1,8% para os 1,2 milhões, ao contrário de Portugal, onde os clientes diminuíram em 1,3% para os 4,1 milhões.

Em entrevista ao Negócios, a presidente executiva da EDP Comercial, Vera Pinto Pereira, afirmou que a perda de quota é "irreversível" tendo em conta a maturidade do mercado livre. Para a CEO, esta evolução não é uma "preocupação ou algo negativo. Pelo contrário, é um sinal de saúde da concorrência".  

Os restantes negócios da elétrica liderada por António Mexia conseguiram um balanço positivo. A produção subiu 3% em 2018, à boleia de um aumento de 22% da produção de energias renováveis.

A produção hídrica foi a que viu a maior reviravolta em 2018, depois da seca severa que afetou a Península Ibérica em 2017. Aumentou 86% por cá. A energia solar não fica na sombra ao disparar 46% no mesmo período. Já as eólicas avançam com pouco fôlego, na ordem dos 2% - impulsionadas, também, por um crescimento substancial no Brasil. Em contraste, a produção de energias fósseis reduziu em todas as fontes e localizações com exceção da cogeração.

A capacidade instalada da EDP subiu 1% e está agora nos 27,1 gigawatts, suportada em 74% pelas energias limpas. "Toda a nova capacidade nos últimos 12 meses foram parques eólicos maioritariamente na América do Norte", informa a elétrica. Já a capacidade hídrica reduziu 3% na sequência da venda de mini-hídricas.

Finalmente a distribuição cresceu em todos os mercados da EDP. Em Portugal, a eletricidade distribuída aumentou 2,6% face a 2017, "impulsionada sobretudo pelo segmento residencial", e no Brasil subiu 3,1%. Espanha voltou a ficar para trás, com um crescimento ténue de 0,3% neste segmento.

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