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TCC de Taiwan obtém luz verde para controlar portuguesa KLC por 4,5 milhões
A aquisição de 60% da operadora de postos de carregamento de veículos elétricos pelo grupo asiático, que poderá vir a adquirir os restantes 40% da empresa aveirense por entre 1,7 milhões e 6,7 milhões de euros, foi já aprovada pela Autoridade da Concorrência.
A Autoridade da Concorrência (AdC) deu "luz verde" à compra pela Atlante, que pertence ao grupo taiwanês TCC, do controlo exclusivo da portuguesa Kilometer Low Cost (KLC), segundo informação disponível no site do regulador da concorrência.
A operação foi aprovada cerca de um mês depois de a Atlante ter publicamente anunciado a transacção, que consiste na aquisição de 60% das ações da KLC a troco de uma "retribuição total para os acionistas de cerca de 4,5 milhões de euros".
Mais: Atlante fica com "uma opção de compra, e os acionistas uma opção de venda à Atlante, dos restantes 40% até 2024, por um montante que poderá variar entre os 1,7 milhões e 6,7 milhões de euros, dependendo do cumprimento de objetivos específicos de implementação em 2023", explica, no comunicado data de 19 de dezembro passado.
Segundo a compradora, "esta aquisição irá suportar o posicionamento da Atlante como principal agente na Península Ibérica, que ficará mais perto de concretizar a sua ambição de se tornar a maior infraestrutura de carregamento rápido e ultrarrápido do sul da Europa".
"Esta aquisição representa um complemento perfeito ao portefólio de locais para postos de carregamento rápido que desenvolvemos e assegurámos desde o início da Atlante Iberia há 9 meses — inclusivamente através de concursos públicos e com vários postos já em construção.
Graças à já significativa presença da KLC na região, a missão da Atlante de promover a transição para a mobilidade elétrica no sul da Europa será alcançada ainda mais rapidamente", referiu, então, Giovanni Ravina, CEO da Atlante Iberia e Diretor de Energia Verde.
Já Pedro Nunes, CEO e cofundador da KLC, considerou que "a parceria com a Atlante permitirá à KLC oferecer aos seus clientes soluções tecnológicas de ponta diferenciadas para veículos elétricos, constituindo um passo importante para o nosso objetivo de nos tornarmos a principal fornecedora de soluções de mobilidade inovadoras".
Antes desta operação, a KLC cindiu as atividades nas áreas de serviço de mobilidade partilhada e de construção e operação de postos de carregamento, formando uma nova empresa, designada Kilometer Low Cost II Serviços, S.A., na qual os acionistas da KLC mantêm por inteiro as suas participações.
No ano passado, segundo dados da InformaDB, a KLC faturou 1,67 milhões de euros, mais do que triplicando os números de 2020. O lucro cifrou-se, em 2021, em 14,2 mil euros.
Entretanto, esta sexta-feira, a Mobi.e inaugurou um novo "hub" de carregamento em Matosinhos, que integra um total de nove postos de carregamento para veículos eléctricos, que será operado precisamente pela KLC.
De referir que a Atlante faz parte da linha de negócios global da Nnhoa, dedicada à construção da primeira rede de carregamento rápido para veículos elétricos, que integra o uso e armazenamento de energia renovável e está 100% integrada na rede elétrica.
A Nhoa tem presença global no armazenamento de energia, e-mobilidade e infraestrutura de carregamento rápido de veículos elétricos, sendo controlada pela TCC, grupo que está presente em vários setores de energia, incluindo fabrico de baterias, na produção e venda de cimento, produtos de cimento e betão pré-fabricado.