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Tarifa solidária do gás: "Mentiria se dissesse que temos muitas inscrições"
Matos Fernandes reconheceu no Parlamento a falta de interesse dos municípios na tarifa solidária do gás, mas disse que prazo das inscrições só começou agora.
O ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, reconheceu esta quarta-feira, no Parlamento, a falta de interesse dos municípios relativamente ao projeto de tarifa solidária do gás.
Questionado pelo deputado do PCP Bruno Dias sobre a questão dos preços do gás de botija, Matos Fernandes salientou que "o que estava previsto era um projeto-piloto para 10 municípios e o que fizemos foi alargar ao país todo". "Os municípios estão certamente agora a inscrever-se como interessados", disse o responsável. O ministro acrescentou, no entanto, que "mentiria se dissesse que temos muitas inscrições", apontando, ainda assim, que "o prazo começou agora".
Matos Fernandes afirmou ainda que "quem assume a redução de preço da botija de gás são as empresas que comercializam. O papel dos municípios é organizar a forma como vai ser feita a distribuição".
Questionado na comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, sobre o que governo irá fazer com as conclusões e recomendações da comissão parlamentar de inquérito às rendas da energia, Matos Fernandes disse que essas recomendações ainda não chegaram às mãos do Executivo. Mas voltou a afirmar que o Governo "agirá com todo o cuidado" e "a nossa disponibilidade para rasgar contratos é muito pequena", até porque "só vamos ter transição energética se criarmos sistema leal e transparente com todos os que venham a fazer esses investimentos".