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Renováveis superam carvão como fonte de energia

O número de instalações de energia renovável superou no ano passado o carvão enquanto a maior fonte de produção de energia. Cerca de 500.000 painéis solares foram instalados todos os dias em 2015.

Uma turbina eólica no meio do mar, na costa da cidade de Choshi, no Japão. Fotografia: Kiyoshi Ota
Kiyoshi Ota/Bloomberg
Negócios 25 de Outubro de 2016 às 18:39
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A Agência Internacional de Energia (AIE) revelou em relatório esta terça-feira, 25 de Outubro, que a energia oriunda de fontes renováveis subiu no ano passado para o valor recorde de 153 gigawatts, o equivalente a 55% de toda a capacidade instalada no ano passado, superando pela primeira vez  a capacidade de produção através de carvão.

"Estamos a testemunhar uma transformação nos mercados globais de energia graças às energias renováveis", afirma Fatih Birol, director-executivo da AIE, citado pela Bloomberg.

De acordo com o mesmo relatório, a adopção de novas fontes de energia ocorreu antes do acordo entre governos assinado em Paris no passado mês de Dezembro para reduzir as emissões de dióxido de carbono.

Prevê-se ainda que as energias renováveis atinjam o crescimento mais rápido nos próximos cinco anos, levando a agência a elevar as suas previsões de incorporação destas fontes alternativas. Por volta de 2021, espera-se que as fontes renováveis ultrapassem os 7.600 terawatts/hora, o equivalente para sustentar actualmente as necessidades de consumo dos Estados Unidos e a União Europeia juntos.

Entre os vários factores responsáveis pela evolução, a agência sublinha o papel da crescente concorrência, do maior apoio político em mercados específicos e as melhorias tecnológicas.

A par do crescimento da utilização destas novas energias, a AIE antevê também uma redução dos custos associados a painéis solares e turbinas eólicas.

O relatório destaca quatro países a encabeçar os avanços na adopção de novas fontes de energia. A China foi responsável por 40% do aumento de capacidade energética renovável, com a instalação de duas turbinas eólicas por hora em 2015.

Nos EUA, destacam-se os apoios públicos à indústria com a extensão de crédito fiscal para o investimento em energia eólica, enquanto na Índia se espera um crescimento em oito vezes do aproveitamento da energia solar, atingindo os 76 gigawatts. O primeiro-ministro indiano Narendra Modi já prevê uma capacidade de 175 gigawatts em 2022, acima dos actuais 45 gigawatts.

O México prevê quase duplicar a sua capacidade energética renovável em 2021. O país regista um dos preços mais baixos por energia solar e eólica.

Já na União Europeia, o relatório prevê um abrandamento na produção de energia. Espera-se um crescimento de 21% a médio prazo, abaixo dos 62% registados nos últimos seis anos. Entre factores comprometedores do crescimento, a AIE aponta para o Brexit, as medidas alemãs para reduzir os custos de electricidade renovável aos consumidores e as limitações na Polónia à produção de energia solar e eólica.

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