Notícia
Pela primeira vez na década, centrais de gás lideram produção energética em Espanha
Depois de anos sem funcionar, as centrais de gás em Espanha caminham para um 2022 em que foram as maiores produtoras de energia no país. A contribuir para este crescimento pode também estar a importação de gás natural proveniente da Argélia que está em mínimos históricos.
Pela primeira vez numa década as centrais de gás estão a liderar a produção energética em Espanha, segundo estimativas da Red Elétrica. O gás natural representa assim quase 25% do mix energético, com mais de 69.000 GWh produzidos.
O gás natural ultrapassa a energia eólica, que tem sido a estrela dos últimos anos, com uma cota de 22,1% e a energia nuclear com 20,2%.
Para trás ficam anos como 2015, em que 13 centrais de gás não chegaram sequer a funcionar e muitas funcionaram apenas um dia num ano inteiro. As centrais de gás, que competem com as nucleares, por serem ao mesmo tempo mais baratas mas mais poluentes, conseguiram sobreviver graças aos pagamentos que recebiam pela capacidade de estarem disponíveis a qualquer momento.
Para fontes do setor consultadas pelo jornal espanhol Cinco Días, a ocorrência demonstra "que o gás continua a ser necessário e chave para apoiar o sistema e garantir o abastecimento em momentos de baixa produção renovável, quer seja por falta de vento, água ou sol". Para outros, esta será uma situação conjuntural que não se voltará a repetir, depois de um ano excecional em que confluíram vários fatores, espoletados pela invasão russa da Ucrânia.
Ao mesmo tempo, o gás natural liquefeito proveniente da Argélia registou um mínimo histórico. O volume dos navios que transportam metano da Argélia caiu cerca de 74% relativamente a 2021, de acordo com dados recolhidos pelo El Mundo à Enagás. Esta redução deu-se num ano de tensão entre o Executivo espanhol e argelino que tem afastado os dois país, companheiros históricos em matéria energética.
O gás natural ultrapassa a energia eólica, que tem sido a estrela dos últimos anos, com uma cota de 22,1% e a energia nuclear com 20,2%.
Para fontes do setor consultadas pelo jornal espanhol Cinco Días, a ocorrência demonstra "que o gás continua a ser necessário e chave para apoiar o sistema e garantir o abastecimento em momentos de baixa produção renovável, quer seja por falta de vento, água ou sol". Para outros, esta será uma situação conjuntural que não se voltará a repetir, depois de um ano excecional em que confluíram vários fatores, espoletados pela invasão russa da Ucrânia.
Ao mesmo tempo, o gás natural liquefeito proveniente da Argélia registou um mínimo histórico. O volume dos navios que transportam metano da Argélia caiu cerca de 74% relativamente a 2021, de acordo com dados recolhidos pelo El Mundo à Enagás. Esta redução deu-se num ano de tensão entre o Executivo espanhol e argelino que tem afastado os dois país, companheiros históricos em matéria energética.